sexta-feira, 28 de novembro de 2014

DIFICULDADES NA CAMINHADA

                                     
                                   
                   textos bíblicos: Lucas: c.9 v. 57-62                                                                                                                                                                                                                                                                              Muitos crentes desistem logo nos primeiros passos.
Mais o Evangelho é para fortes, para aqueles que querem ser vencedores nas dificuldades.

l- Os Problemas

1. Os sentimentos. Um dos primeiros problemas que o novo convertido enfrenta é dos sentimentos.
    Muitos desistem quando começam a sentir tristeza ou angústia, e isso muitas vezes por causa da palavra. Não confie nos seus sentimentos.
    A Palavra de Deus é o fato em que devemos colocar a nossa fé, depois é que vem o sentimento.
    Se seus Sentimentos não correspondem ao que a palavra de Deus diz, não se impressione:eles não podem comandar a nossa vida,pois devemos andar por fé na Palavra de Deus.

2. Tentação. Satanás está sempre querendo que voltemos à prática de coisas antigas ou que caiamos em algum pecado, mas devemos resistir-lhe com a Palavra de Deus (Mateus: c. 4 v. 1- 11).
    A tentação em si não é pecado. O pecado é cair na tentação. Devemos orar como Jesus ensinou:
"Não nos deixes cair em tentação, mas livra-nos do mal" (mateus: c. 6 v.13).

3. Os sofrimentos. Quando você aceitou Jesus, tudo era alegria.Mas os sofrimentos vêm. Nessas ocasiões, Satanás cochilará em seus ouvidos, falando mentiras, para que você volte atrás. Não dê ouvidos .

ll- Os Modelos da Parábola

Jesus contou uma parábola que representa as dificuldades que uma pessoa enfrente ao segui-lo. Veja em Mateus: c.13 v. 4-5,7-8,19-23:
1. "Beira do caminho " (v v.4,19).Essas são as pessoas que ouvem a Palavra de Deus, mas logo Satanás rouba a semente ( a Palavra de Deus) do seu coração.
2. "Solo rochoso" (v v. 5,20,21). Aqui Jesus apresenta as dificuldades enfrentadas por esse tipo de terreno: angústia e perseguição pode ser uma crítica, desprezo,perseguição ou abandono de alguém querido.
3."Entre espinhos".( v v, 7,22 ).  Estes são os que querem seguir a Jesus, mas são atraídos pelas riquezas e prazeres do mundo. Você precisa amar a Jesus sobre todas as coisas.
4."Boa terra" ( vv 8,23). É uma pessoa que ouve, compreende, e frutifica. Ela tem também muitas dificuldades, mas o seu segredo é que ela persevera.

lll- Exemplos dos Chamados (Lucas:c.9 v.57-62)

1. O precipitado. Aquele que se apresenta a Cristo e se propõe segui-lo, mas não calcula o preço
(vv. 57,58). Seguir a Jesus custa um preço (Mateus: c.10 v.37-39).
2. O moroso (v.59,60). Este pediu para seguir Jesus depois de sepultar o pai, ou seja, ia esperar o pai morrer para depois seguir a Jesus.
3. O tranquilo ( v.61,62). O tranquilo diz: " deixa-me primeiro", ao mesmo tempo em que se oferece para seguir a Jesus. Ele olha para trás. Devemos olhar somente pra Jesus.

Conclusão

Jesus não nos prometeu uma vida sem problemas. Pelo contrário, Ele afirmou: "no mundo passais por aflições".Mas nos garantiu vitória ao dizer: "mas tende bom ânimo, eu venci o mundo" (João: c. 16 v. 33).

terça-feira, 25 de novembro de 2014

SUA NOVA VIDA

    leitura bíblica  ( Colossenses C.3 v.1-11 )
l - Como Você Nasceu de Novo

      Depois que uma pessoa aceita Jesus como Salvador, ela 
      percebe que fez a melhor escolha da sua vida. Ao crer em
      Jesus sua vida foi transformada . Em que isso implica? 
       
1. Você se tornou uma nova criatura.  (2 Corintios:c.5 v.17) diz .

     Portanto, se alguém está em Cristo nova criatura é;as coisas 

     velhas já passaram,tudo se fez novo.

     Com isso Deus perdoou os seus pecados. Jesus entrou em seu
     coração.

2-Você se tornou filho de Deus. 


      Mas a todos os que receberam, àqueles

     que crêem no seu nome, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus.

     ( João; c.1 v. 12).

    
3-O Espírito Santo veio habitar em sua vida. (Romanos c.8 v.9,14-16)


v.9 diz: Vós, porém, não estais na carne, mas no Espírito, se é que Espírito
de Deus habita em vós. Mas, se alguém não tem o Espírito de Cristo, esse 

tal não é dele.

v.14 diz: porque todos os que são guiados pelo Espírito de Deus 

são filhos de Deus.

v.15 diz:Pois não recebestes o espírito de escravidão para outra vez estardes
em temor, mas recebestes o espírito de adoção, pelo qual clamamos:
Aba,Pai!

v.16 diz:O mesmo Espírito testifica com o nosso espírito que somos 

filhos de Deus.


4-Você tem uma nova vida.
 Você tinha uma vida controlada pelo pecado.Agora tem uma vida para Deus.


ll- Essa Nova Vida se Manifesta

    Assim quem você se torna uma nova criatura, tendo uma nova 
    vida,essa vida vai se  manifestar.

1. Seu pensamento muta



   (Colossenses:c.3 v.1-4). Agora você não pensa 
    nas coisas do mundo. A Bíblia torna-se um livro precioso e você pensa 
    nas coisas do céu.

2. Seus sentimentos mudam. 
     Seus sentimentos agora serão semelhantes aos de Cristo (Filipenses: c.2 v.5)
     diz.
     De sorte que haja em vós o mesmo sentimento  que houve em Cristo Jesus,  
     em relação a Deus, ao homem, ao pecado e a você mesmo.
     Contudo você precisa continuar edificando a sua mente com a com Deus.

3.mudam também suas atitudes
 Você terá atitudes diferentes para com a vida, para com o próximo e para com
 Deus:
 -Se você furtava, não furta mais, se mentia, não mente mais; se adulterava, não 
 adultera mais; se era idólatra, deixou a idolatria. (Efésios: c.4 v. 25-29). 

 v.25 Pelo que deixai a mentira, e falai a verdade cada um com o seu próximo, pois  

 somos membros uns dos outros.

 v.26 Irai-vos, e não pequeis: Não se ponha o sol sobre a vossa ira,

 v.27 e não deis lugar ao diabo.

 v.28 Aquele que furtava, não furte mais, antes trabalhe, fazendo com as mãos o que
 é bom, para que   tenha o que repartir com o necessitado.
 v.29 Não saia da vossa boca nenhuma palavra torpe, mas só a que for boa 
 para promover  a  edificação, conforme a necessidade, para que beneficie aos que a  
 ouvem.

  -Você deixou a ira, a linguagem inconveniente, etc. 
  (leia Mateus C.3 v.8 e Lucas: c.3 v.10-13).


lll - Alguns Conselhos


1. Faça oração regularmente. Separe algum tempo todos os dias, e ore a Deus. 
Ninguém sabe orar de maneira perfeita,mas o 
Espírito Santo nos ajuda (Romanos:c.8 v.26). Da mesma maneira também o Espírito 
ajuda as nossas fraquezas.Não sabemos o que havemos de pedir como convém mas 
o mesmo Espírito intercede por nós com gemidos inexprimíveis.
lembre-se: falar com Deus é como falar com o nosso pai.

2. Leia a Bíblia diariamente.  Separe um tempo para também ler a Bíblia e meditar
nela. Leia primeiro o Novo Testamento. Depois leia a Bíblia toda. Lembre-se: A 
palavra de Deus é o nosso alimento espiritual. 

3. Vá à igreja assiduamente. Procure os cultos de estudo da igreja e as reuniões de 
oração.

4. Dê testemunho da sua fé. Fale de Jesus a outras pessoas. Conte como sua vida foi 
transformada. Conclusão Prossiga participando das reuniões de estuo da palavra de
Deus para que você cresça e seja mais abençoado.



   

sábado, 22 de novembro de 2014

Deus sabe até onde vai o teu limite!

 “Não vos sobreveio tentação que não fosse humana; mas Deus é fiel e não permitirá que sejais tentados além das vossas forças; pelo contrário, juntamente com a tentação, vos proverá livramento, de sorte que a possais suportar.” 1 Coríntios 10:13

Sabe aquele deserto que você passa e parece que não vai suportar? Quando tudo começa a ficar difícil, e sua mente é bombardeada por pensamentos tais como: Desiste! Você não precisa passar por isso! Há outros caminhos menos dolorosos.
 é neste lugar seco, doloroso, cheio de incógnitas onde Deus quer tirar de dentro de você o “LEÃO” que está adormecido.

 Talvez até aqui você tem sido uma ovelhinha frágil, sensível com qualquer palavra que alguém diz, ou sentimental demais quando lhe surge injustiças; por isso que Deus permite esse deserto pois ali você depende somente de Deus! E quanto mais tempo você passa com Ele, mas o seu caráter será semelhante ao Dele. Ele está te preparando para coisas grandes, mas primeiro precisa te moldar e tirar toda essa infantilidade espiritual que você ainda possui, e o deserto é o método que Ele usa.

 Os que não são nascidos de Deus julgam as pessoas que passam por deserto como: “fracassadas, ah ele(a) ta em pecado, ah ele (a) não é de Deus, etc”… Mas na verdade os fracos são eles, pois só os fortes conseguem passar pelo deserto e sair de cabeça erguida.

Você nunca mais sera o mesmo apos o deserto, mas depende de você ser APROVADO ou reprovado. Jesus passou pelo Deserto e foi tentado. Mas depois dali o que aconteceu? O ministério dele arrebentou! 
 mas veja bem há dois tipos de desertos: O que somos levados por Deus, e o deserto que é consequências de decisões erradas que tomamos, então não confunda.

Se Deus permitiu esse deserto na sua vida, permaneça fiel, não murmure como o povo de Israel, e muito menos comente de suas lutas para as pessoas. Fique firme pois Ele tem cuidado de você e não permitirá que lhe sobrevenha algo além do que você possa suportar!

sexta-feira, 21 de novembro de 2014

Igreja Batista Missionária: http://www.bibliaonline.info/

http://www.bibliaonline.info/

OLHAI VIGIAI E ORAI!

                                   
                                                               texto bíblico: Marcos: c.13 v.33

                                                                                                                                                                                                                            Olhai, vigiai, e orai! (os três mandamentos que te livrarão da queda) 
Chamou-me muito a atenção o fato de Jesus ter falado tanto sobre a vigilância. Várias vezes ele ressaltou a importância da vigilância. Parei para meditar nesses textos e percebi que um dos motivos que muitas das vezes não recebemos a bênção, é devido à falta de vigilância. Muitos passam horas com os joelhos dobrados, mas na primeira oportunidade em que têm de colocar na prática àquelas horas de oração, põem tudo a perder. Passam horas orando, mas quando o chefe mente e pede para dizer que ele não está, obedecem ao chefe e desobedecem a Deus, e põe tudo a perder. Passam horas orando mais na primeira oportunidade mentem, xingam, roubam, adulteram, se prostituem, odeiam, são desonestos, e depois perguntam: Senhor porque o Senhor não me responde? Ele não te responde por que você não está vivendo conforme a Sua Palavra. Não adianta passar horas orando e lendo a bíblia se não colocar em prática tudo o que leu, e o que prometeu a Deus.

        A falta de vigilância é o motivo pelo qual as comportas do céu se fecham fazendo com que as bênçãos não te alcancem.
        Em Marcos: c. 13 v.33 Jesus diz: “Olhai, vigiai, e orai, porque não sabeis quando chegará o tempo”.Olhar, vigiar e orar, é um mandamento do Senhor, pois disso depende a nossa posição espiritual. Temos que em todo tempo, olhar, vigiar e orar o fato. Um ato complementa o outro. Eu não posso só, olhar e não vigiar; ou eu não posso só vigiar e não orar. Ambos são interdependes.
Certa vez disse um pregador: Se você vigia, mas não ora está perdendo forças para a batalha, e se você ora, mas não vigia, você vai perder a batalha orando. Acho essa frase fantástica. Devemos realmente estar orando e vigiando se quisermos ter vitória.

Vejamos a importância dos três mandamentos do Senhor:

Olhai - Se um guarda noturno está no seu trabalho ele não pode dormir, pois a função dele é guardar e por em segurança aquilo que lhe foi confiado. Ele deve está atento a tudo. Antes de vigiar ele deve estar olhando. Pois assim ele verá qualquer presença estranha. Ao olhar essa estranha presença, estará dando o primeiro passo para desempenhar satisfatoriamente a sua função. Mas para ele ter sucesso, não deve só ficar olhando. É preciso vigiar para entender se essa estranha presença é um ladrão. E se assim for, ele possa impedir a sua ação.
Devemos estar com os nossos olhos espirituais bem abertos. Só assim poderemos detectar quando Satanás se apresentar com suas artimanhas e sutilezas. O nosso inimigo é um ser espiritual e somente através dos olhos do espírito poderemos detectá-lo e impedir que ele entre em nossas vidas.

Vigiai - Primeiro detectamos o perigo. Agora devemos vigiar para que ele não nos atinja.
Vigiar é você estar na posição de ataque. É estar pronta para rejeitar e banir todos os dardos inflamados do maligno. Temos de estar com a Espada do Espírito, que é a Palavra de Deus, em punho. Só assim venceremos o maligno e impediremos que entre e nos roube. Observe que o versículo diz que não sabemos quando chegará o tempo. Não sabemos quando o nosso Senhor voltará para nos buscar. Sabemos que Ele virá, por isso, se estivermos em vigilância estaremos prontos. Não sabemos a que horas Satanás vai nos tentar e lançar as suas setas. Mas devemos está vigiando para quando ele atacar, venhamos nos levantar em nome do Senhor, e o expulsar, em nome de Jesus. A vigilância é o veiculo que nos livrará da tentação e nos conduzirá em oração aos braços do pai.

Orai - Há muito tempo ouvi uma frase que diz: A oração é a corda que move a mão de Deus. Quando nos colocamos na presença do Senhor e oramos (conversamos com Ele), verdadeiramente, o Senhor se agrada, e se inclina até nós, e nos dá vitória. Pois é através da oração que mantemos uma intima comunhão com Ele. Então devemos estar sempre orando. É a oração que nos dará forças para vencermos, em vigilância, a tentação. Jamais podemos separar uma coisa da outra, observe que quando Eva estava no jardim, às três coisas estavam á disposição dela. Se você falhar em uma delas a queda, com certeza, será fatal. Eva olhou e viu a serpente (diabo). Mesmo tendo visto a serpente, ela não vigiou e acabou aceitando as sugestões da serpente. Não adiantou só olhar. Talvez, ela também estivesse orando, mas faltou à vigilância. E o resultado foi à queda espiritual de Eva e logo em seguida a de Adão, que também não vigiou.
Portanto, devemos orar em todo tempo, como disse o apóstolo Paulo, pois precisamos de forças para vencer quando chegar o dia mal.

“Vigiai e orai, para que não entreis em tentação; o espírito, na verdade, está pronto, mas a carne é fraca” (Mc: c.14 v.38). Muitos usam esse versículo para darem base à vida pecaminosa que querem leva. Alegam que pecam porque a carne é fraca. Sim, de fato Jesus disse isso, mas disse também, que o espírito está pronto. O nosso espírito estará sempre pronto, se estivermos levando uma vida de oração e vigilância. É no nosso espírito que armazenamos a Palavra de Deus, e é através da Palavra de Deus que nos fortalecemos e desejamos orar, vigiar, e estar sempre atentos. Quando a Palavra de Deus está escondida em nossos corações, sabemos o que é certo e o que é errado, e decidimos não pecar contra o Senhor (Salmo:c.119 v.11).

Portanto, se quisermos vencer essa constante luta , devemos nos vestir da armadura de Deus que está em Efésios
Vigiemos, pois! Quem estivermos alimentando mais, esse será o vencedor. Se estivermos alimentando mais a nossa carne, no sentido de buscarmos somente as coisas dessa terra, os prazeres momentâneos e passageiros, com certeza ela prevalecerá. Mas se tivermos alimentando o nosso espírito e a cada dia nos enchermos da Palavra de Deus, orando e vigiando, com certeza seremos mais do que vencedores, pois escolhemos estar em Cristo. A luta na verdade existe, mais somos nós que decidimos quem vencerá: se a carne ou o espírito.

Uma coisa que acontece muitas vezes é que queremos olhar para a vida dos outros, e vigiar o gesto e atitudes dos outros e esquecemos a nossa própria vida. Mas Cristo nos diz: “E olhai por vós, para que não aconteça que o vosso coração se carregue de glutonaria, de embriaguez, e dos cuidados da vida, e venha sobre vós de improviso aquele dia” (Lc: c. 21v.34). Se estivermos olhando para nossas próprias vidas, concertando aquilo que podemos concertar, vigiando por nós mesmo, não buscando as coisas da terra, as coisas naturais, com certeza, quando Cristo vier buscar a sua igreja, estaremos de pé diante Dele, e subiremos com o Cordeiro e para sempre com Ele reinaremos. Caso contrário, se o nosso coração estiver cheio dos cuidados dessa vida, aquele dia nos pegará de surpresa, e pagaremos muito caro, por ter tido a oportunidade de olhar, vigiar e orar, mas por escolha própria termos negligenciado esse mandamento tão glorioso.

Podemos citar um grande exemplo de vigilância. Um homem que vigiou para que os inimigos não lhe roubassem algo muito importante, foi Gideão. Em Juízes: c.6 v.11 nos diz que: Gideão estava no lagar, malhando o trigo, para salvá-lo dos midianitas. Ou seja, Gideão estava em total vigilância. Ele estava cansando de sempre perder a colheita para os midianitas, então decidiu vigiar e guardar o trigo, para que os inimigos não o roubassem. Portanto, se até agora você tem perdido algo, você tem sido roubado por Satanás, (pois essa é a função dele, roubar, matar e destruir) é porque você não tem vigiado, e quem não vigia se torna presa fácil diante do inimigo. Se você já está cansado de tantas derrotas e fracasso, dê um basta nisso nesta hora e se levante em vigilância, com autoridade e não permita mais que Satanás roube os teus planos e sonhos.

Gideão usou uma estratégia fantástica! Ele foi malhar o trigo no lagar, onde jamais os inimigos iam achar, pois o lagar era o lugar de pisar uvas, e não trigo. Jamais os midianitas achariam que o trigo estivesse no lagar. Se você guardar a Palavra de Deus em seu espírito, jamais o inimigo a roubará de você. Observe que vigiamos e guardamos o que tem valor para nós. Gideão estava guardando o trigo (símbolo da Palavra), seu alimento diário, pois se os inimigos o roubassem ele iria passar fome. Se para você a Palavra de Deus tem importância, você vai vigiar para que a ave de rapina (Satanás) não a roube de você. Use a Palavra de Deus, a oração e a vigilância como os únicos pontos de estratégia que te fará vencer, e fará com que o inimigo fuja derrotado e envergonhado. Pois Deus quer te levantar como fez com Gideão, para dar vitória ao Seu povo, mas é necessário que você esteja na posição de vigilância, como Gideão estava. Se Gideão tivesse malhando o trigo no lugar de sempre, com certeza os inimigos o roubaria. Isso nos mostra que se tivermos cometendo os mesmos erros, com certeza Satanás virá e nos arrasará. Mude de atitude! Crie estratégia e veja qual é o lugar em que você está dando espaço para Satanás agir e mude isso agora em nome de Jesus.

Que esse estudo venha te abençoar, e abrir o teu entendimento de uma maneira tal, que você possa a partir de hoje, dar mais valor, não somente a oração, mais também a vigilância. Pois o céu nos espera e somente se tivermos olhando, vigiando, e orando chegaremos lá.
Quem olha, vigia, ora, lê a Palavra e a pratica, o seu rumo é o céu. Pois quem cumpre esses mandamentos está de pé, e alcança a vitória.
“Eis que venho como ladrão. Bem aventurado aquele que vigia e guarda as suas vestes, para que não ande nu, e não se vejam as suas vergonhas” (Ap: c.16 v.15).

quinta-feira, 20 de novembro de 2014

DESCE À CASA DO OLEIRO


                                                                texto bíblico: Jeremias:c.18 v. 2                                                                                        

        “ Dispõe-te, e desce à casa do oleiro, e lá ouvirás as minhas palavras.” Jeremias 18: 2                                                                          O verdadeiro sentido da vida só pode ser experimentado através de um relacionamento com Deus. Ele, por sua vez, tem um de­sejo muito grande de falar com o homem. A bíblia diz que Deus fala com o homem através da natureza, através da Sua Palavra. É interessante obser­var que Deus pode falar conosco até mesmo através das situações mais inusitadas da vida. Veja o que aconteceu com o profeta Jeremias. Deus disse: “Dispõe-te, e desce à casa do oleiro, e lá ouvirás as minhas palavras”. O que Deus teria para mostrar ao profeta na casa do oleiro? Bem, antes de mais nada, quero dizer que Deus está disposto a falar conosco em todos os lugares: casa, trabalho, escola, etc... Basta estarmos atentos e dispostos a ouvi-lo. Nesses últimos dias, tenho descido com constância à casa do oleiro. Meu desejo, nessa men­sagem, é repartir com você três coisas que eu vi na casa do oleiro.

Primeiramente, ao chegar lá, vi que o oleiro estava entregue ao seu tra­balho sobre as rodas (v. 3). É impressi­onante a dedicação e o empenho de to­do oleiro. O foco e a entrega garantem a qualidade da obra. É impossível olhar para esse quadro sem lembrar das palavras do Senhor Jesus em João 5:17 – “Meu pai trabalha até agora e eu trabalho também”. Você se lembra em que contexto Jesus disse isso? Na cura de um paralítico havia 38 anos! Não é tremendo? Saber que o Senhor, nosso oleiro, trabalha em nossa vida dia e noite sem se cansar? O Senhor está trabalhando em nossas vidas, até ver o vaso terminado!

A segunda coisa que eu vi na casa do oleiro é que a roda não pode parar. Quando observamos o oleiro trabalhando junto à roda, percebemos que ele é quem determina a velocidade da roda. O único detalhe é que a roda não pode parar, pois no momento em que a roda para, o barro seca e não há mais possibilidade de moldar o barro na forma que o oleiro quer. Quem determina a velocidade das provas é o Senhor. Precisamos entender que “todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam o Senhor”, conforme Romanos 8:28. Deus está no controle de todas as coisas. Ele nunca deixou o trono! Ele nunca deixou o controle das nossas vidas. Muitas vezes somos tentados a parar ou desistir. Deixe-me dizer algo: Deus trabalha até agora em nossa vida e o Senhor Jesus trabalha também. Não podemos parar! Não podemos desistir! A roda ainda não parou e há muito ainda que Deus deseja fazer em e através de nós.

Além de olhar para a entrega do oleiro e para a roda, creio que um dos maiores desejos do coração de Deus, é nos fazer olhar para as mãos do oleiro. Uma das coisas que mais me impressionaram na casa do oleiro é o fato de que suas mãos estão constantemente sujas. É impossível ver um oleiro trabalhando junto à roda de mãos limpas. Para trabalhar o barro, até o ponto de fazê-lo um vaso, o oleiro precisa sujar as suas mãos naquele contato direto com água e terra.

Penso que devemos parar, por alguns instantes, para visualizar as mãos do Senhor. O Salmo 123:2 diz: “Como os olhos dos servos estão fitos nas mãos dos seus senhores, e os olhos da serva, na mão de sua senhora, assim os nossos olhos estão fitos no SENHOR, nosso Deus, até que se compadeça de nós”. Penso que o Senhor deseja curar muitos de nós à medida que contemplemos as Suas mãos. Mãos que tocaram o esquife e ressuscitaram o morto (Lucas 7:14), mãos que tocaram o leproso (Lucas 5:13), mãos que tocaram os olhos de um cego (Mateus 20:34), mãos que podem tocar sua vida e minha vida nesse instante.

Quando descemos à casa do oleiro e aprendemos essas lições, entendemos que o que o Senhor estava querendo dizer ao profeta, e o que Ele quer dizer e a nós, hoje:
1. Eu sou o oleiro que trabalha em sua vida;
2. Você é o barro que, trabalhado por mim, pode ser transformado num belo vaso.
O relacionamento que estabelecemos com o Senhor é do vaso que não pode determinar sua forma e tamanho. Só o Senhor (oleiro) o pode! Nosso rela­cionamento com o Senhor deve ser como do vaso que se deixa moldar pelo oleiro. Creio que a experiência que o profeta Jeremias presenciou na casa do oleiro é a experiência que todos nós, experimentamos hoje. Somos esse vaso feito pelo oleiro que, ainda que se quebre durante a sua produção, o oleiro tem a capacidade de fazer dele um vaso novo. Ainda que a nossa vida tenha nos marcado: decepções, frustrações, medos, sofrimento, etc., o Senhor está disposto em fazer um vaso novo. Mas para isso, precisamos obedecer à sua voz, que ainda hoje nos diz: “Dispõe-te, e desce à casa do oleiro, e lá ouvirás as minhas palavras.”

quarta-feira, 19 de novembro de 2014

O ALPINISTA

     Conta-se uma história, até certo porto intrigante, de determinado alpinista que sonhava em conquistar o topo de uma montanha muito alta. Como o egoísmo batia muito forte nele, preferiu fazê-lo só, deixando para trás os companheiros.Dizem que, durante a escalada, a noite chegou e logo tudo escureceu, de modo que o alpinista não conseguia ver em direção alguma.Ele não havia se preparado para acampar.
     em meio à negritude, ao tentar se acomodar em uma encosta da montanha, o alpinista escorregou e precipitou-se no abismo. Atraído pela gravidade, sua velocidade aumentava assustadoramente na queda.
        Via apenas vultos passando à sua frente, enquanto aumentava a sua sensação de que era o fim . Sua vida, suspensa por uma corda, aguardava apenas o que a sorte lhe havia destinado. Relembrava, em fração de segundos, momentos e aventuras de sua existência. Chegou o fim da corda e, com um solavanco muito forte, ficou suspenso na imensidão das trevas. Ele nada mais podia fazer naquele momento de solidão e trevas,a não ser clamar a DEUS. E foi o que ele fez . Ao suplicar a Deus, uma voz lhe disse: "Corte a corda" Ao  invés disso, o alpinista segurou a corda com mais firmeza. 
        Novamente, aquela voz lhe disse: "corte a corda". Conta a equipe de resgate que, no outro dia, encontraram o alpinista morto,congelado pelo frio, com as mãos agarradas à corda, quase tocando o solo. Às vezes, precisamos tomar decisões que testam nossa fé em Deus. A indecisão, qual a cordas, tem amarrado vidas nas trevas, longe da luz gloriosa de Cristo . 
        Milhões e milhões, ainda que sem paz, em densas trevas, continuam suspensos, indecisos e frios. Mude! Não seja esse o seu caso. Corte as amarras de sua vida e venha para Cristo. Recordo agora, daquele ladão que havia chegado ao fim da corda. Crucificado ao lado de Jesus. Fez seu último pedido: "Senhor, lembra-te de mim quando entrares no teu reino".Foi a sua salvação, pois a resposta divina não foi outra senão: "em verdade te digo que hoje estarás comigo no paraíso". lc: c.23 v. 42,43.

sexta-feira, 14 de novembro de 2014

O Choro Pode Durar Uma Noite


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                                     (II Reis 6:24-33; 7:1-20) 
   No Salmo 30:5 “Ao anoitecer pode vir o choro, mas a alegria vem pela manhã”; e os textos de II Reis, retratam muito bem este verso – um tempo de choro e de dor para o povo de Samaria, mas que terminou numa linda manhã de alegria, benção e felicidade proporcionada por Deus. Tratava-se de uma guerra e não de incursões e ataques repentinos, pois o rei da Síria, sem causa alguma, ajuntou todo o seu exército e sitiou a cidade de Samaria (nesta ocasião, Samaria era a capital do Reino do Norte [Israel] e manteve sua importância até os dias de Jesus Cristo), tornando a vida de seus habitantes um vale de lágrimas, uma tragédia.
           Qualquer guerra seja ela comercial, territorial, familiar ou financeira, deixa marcas profundas em todos os envolvidos e mesmo conhecendo as suas causas, não são removidas a dor e as perdas dela advindas, que podem desestabilizar a vida com conseqüências gravíssimas como diminuir nosso Deus, a nossa auto-estima e até enaltecer o próprio inimigo.
            O cerco a Samaria durou tanto e causou tamanha fome que uma cabeça de jumento (uma carne até então desprezível) chegou a valer oitenta siclos de prata (um siclo equivalia a doze gramas), e uma caneca de esterco de pomba (variava entre um e dois litros), que servia como combustível para cozinhar a carne, valia cinco siclos de prata e mais todo o tipo de humilhação que uma guerra pode produzir, estava acontecendo na vida dos samaritanos que eram o povo de Deus. Um dia, quando o rei de Israel inspecionava os muros da cidade, uma mulher gritou para ele: “Socorro, Majestade!” O rei respondeu: “Se o Senhor não a socorrer, como poderei ajudá-la? Não há trigo na eira ou vinho no tanque de prensar uvas”. A fome também havia chegado ao palácio. Contudo ele perguntou: “Qual é o seu problema?” E a mulher contou a tragédia da sua vida (leia v 28 b e 29). Por mais drástico que isto nos pareça, esta história é verdadeira e havia sido profetizada pelo próprio Deus que um dia isto iria acontecer no meio de seu povo (leia Deuteronômio 28: 49-53).
                             Sabemos que numa guerra ambos os lados almejam a vitória e no final da batalha, a alegria de um será a tristeza do outro. Teremos guerras e batalhas em nossa vida; a Palavra de Deus nos diz que poderemos passar por isso (leia Isaías 43:2) e outros versículos bíblicos dizem que o Senhor é o “Senhor dos Exércitos” que nos ajuda na guerra. Uma das lições que temos no texto de II Reis, é que provavelmente uma guerra se inicie por uma atitude maldosa, violenta do inimigo, que de repente nos elege para liquidar-nos em nossa caminhada, promovendo assim a sua glória sobre nossa derrota.
                            A primeira reação humana que aparece no texto é culpar a Deus – “Se o Senhor não a socorrer, como poderei ajudá-la?”, como a dizer: “se Deus que é Deus  não a socorre, não serei eu que o farei.” Não é difícil encontrar este procedimento dentre nós ou este sentimento em nosso coração, principalmente quando “o fogo é mais intenso”, quando a batalha é acirrada. Parece-nos que o Senhor está omisso em algum cantinho da nossa vida. Depois de culparmos Deus pela nossa dor, nossas perdas, nosso choro, culpamos seus profetas (leia v. 31), rompendo com a Sua palavra. O rei de Israel estava determinado a matar o profeta tendo assim um rompimento frontal com Deus e com Sua palavra, fechando completamente seu coração para qualquer orientação vinda do Senhor (leia v. 33).
                            Somos preparados para problemas momentâneos, passageiros, “choro rápido”, guerra que se vence fácil, mas quando a Bíblia diz que “o choro pode durar uma noite”, “noite” pode significar um longo período. Naquela ocasião, a batalha estendeu-se por muito tempo e o inimigo prevalecia; as forças do povo de Deus estavam sendo minadas, seus recursos roubados, e o inimigo estava a porta e não se retirava; estava abastecido de armas e alimento com um exército bem treinado e o povo ia perecendo, comendo “pão de dores” dentro dos muros da cidade, impedidos de saírem até para sepultar os mortos pela fome, chegando ao ponto de uma mãe perder a fé, a razão, a lucidez e comer o próprio filho. Nestes momentos cruciais perdemos o que nunca deveríamos perder e abandonamos o que jamais deveríamos abandonar – a fé, pois nos afastamos a tal ponto do Senhor que não mais O ouvimos, nada mais esperamos e nada mais recebemos d’Ele.
                             A partir do capítulo sete, vemos que Deus tem uma solução divina para o problema do choro, para que a alegria da manhã possa chegar numa vida. No v.1 Eliseu repete as palavras do Senhor sobre a solução divina e no v. 2 vemos a reação incrédula do oficial do rei (leia v 1 e 2). A descrença, a ausência de fé, não somente é um grande pecado contra Deus, mas também priva indivíduos e nações de bênçãos que Deus lhes deseja entregar. Neste caso, o pecado individual, tem conseqüências nacionais. O mesmo ocorreu com o povo de Israel quando saiu do Egito, forçando-o a caminhar por quarenta anos no deserto (Números 13:25; 14:38). Diante da palavra do Senhor proferida pelo profeta Eliseu, o rei calou-se recuando, mas seu oficial manifestou claramente sua incredulidade na solução divina. Geralmente, quando estamos vivendo uma situação de flagelo, de dor, de luta e desespero, quando nosso coração já abandonou a fé e passamos a crer que o mal veio do Senhor, passamos a não aceitar mais a Sua palavra porque ela fica muito diferente da realidade em que vivemos. Esta é a solução humana do problema, mas a solução divina para “uma noite de choro”, ou “um período de guerra”, é manter a fé, mesmo que a palavra de Deus dada, ordenada, direcionada, percebida, seja muito fora da realidade que está se vivendo.
                             O ofício de um profeta era falar a palavra do Senhor em qualquer situação, sendo ela de paz ou de crise; falava a palavra de Deus e não a sua, em qualquer momento da vida. E pela incredulidade do oficial, Eliseu profetizou: “Você o verá com os próprios olhos, mas não comerá coisa alguma!” A Bíblia diz que para Deus não existe noite ou dia, pois Ele é o mesmo ontem, hoje e para sempre (Hebreus 13:8). Para um Deus eterno, o socorro nunca chega atrasado; para o criador e sustentador de todas as coisas (Jeremias 51:19), não existe tempo perdido. Ele tem o exato controle da vida, da guerra, da batalha; por isso se identifica como “Senhor dos Exércitos”. É o Senhor dos céus, da terra, de toda a criação, da humanidade. Sendo o Senhor, Ele é soberano, pois tem o perfeito controle sobre todas as coisas. Por ocasião da morte de Lázaro (João 11: 1-46), Marta foi ao encontro de Jesus destilando sua dor: ”Senhor, se estivesses aqui meu irmão não teria morrido” (v. 21). Disse-lhe Jesus: “Eu sou a ressurreição e a vida. Aquele que crê em mim, ainda que morra, viverá” (v. 25). O Cristo crucificado e morto numa sexta-feira, no dia seguinte descia às regiões mais profundas da terra, pregando aos espíritos em prisão a sua vitória. Estava vivo como nunca, vencedor e vitorioso como nunca, anunciando Seu evangelho no mundo espiritual, mas anunciando também a Sua vitória.
                            Nos bastidores de uma guerra ocorre muita coisa que nossos olhos não podem ver, que nossos sentidos não podem perceber, principalmente quando se trata de uma batalha espiritual que acontece quando o inimigo cerca uma vida. Porém não existe “último dia” para quem tem fé. A palavra do homem de Deus (Eliseu) era – “amanhã”.
                            A morte pairava tanto dentro como fora dos muros, onde estavam quatro leprosos à entrada da porta, pois lhes era proibida a entrada na cidade (leia II Reis 7: 3 e 4).Mesmo com a morte  cercando-o de todos os lados, resolveram confiar na palavra de Deus, pois não existe vitória em desconfiar do Senhor; não existe nenhuma orientação bíblica dizendo que há livramento, glória, honra, saída, solução na desistência. Diante da dor, fragilizada, a primeira atitude da pessoa é culpar Deus; depois é sair da igreja, pois ela quer romper com a Palavra, deixar de adorar e de louvar ao Senhor. Mas não há nenhuma glória nem solução nesta atitude. É verdade que muitas vezes há morte dentro da igreja, mas sem dúvida alguma há morte fora dela. A diferença é que Deus só está dentro da igreja e nunca fora dela. Com morte ou sem morte, Deus anda “entre os sete candeeiros de ouro que são as sete igrejas da Ásia (leia Apocalipse 1: 20 e 2: 1) que representam os sete períodos da Igreja durante toda a sua história. Não importa o que aconteça com a Igreja, se está em choro ou alegria, se ganhando, recuando ou vencendo, pois a Bíblia diz que Deus está no meio dela e “as portas do inferno não prevalecerão contra ela”(Mateus 16: 18). O inferno pode até ganhar uma batalha, mas a guerra é do Senhor que não conhece derrota.
                             A primeira solução divina para quem está vivendo “um período de choro” é crer na Palavra (cap 7: 1), até mesmo quando não se tem mais saída. Os samaritanos estavam muito fragilizados para guerrear, para organizarem-se, para pensar, para planejar, mas o Senhor esperava que eles pudessem crer. Quando não podemos mais acreditar em nós mesmos, nos amigos, na família, no Brasil, no sistema financeiro ou em qualquer outra coisa em que já apoiamos a nossa fé, não deixemos de acreditar na Palavra de Deus, pois Deus está acima de todas as coisas. Ele pode sim “abrir janelas no céu”, dar solução onde ninguém pode, reverter um quadro, mudar a situação de uma nação, de uma vida, de uma família; o Senhor é o único que pode e não temos nenhum motivo para não crermos n’Ele. Ao lermos a Bíblia, estudarmos os caminhos de Deus e os seus feitos chegaremos facilmente à conclusão de que o mal não vem do Senhor. Ele até permite que o mal nos atinja para que entendamos quais são os Seus caminhos. Você está vivendo uma guerra? Deus tem uma solução – mantenha a sua fé. Se lhe roubarem tudo, não permita que roubem a sua fé. Se lhe tirarem tudo, não deixe que lhe tirem a fé porque, permanecendo com ela, poderá ter tudo de volta, mas sem a fé, de nada vale a vida. A Bíblia diz: “... e esta é a vitória que vence o mundo, a nossa fé” (I João 5:4). Enquanto tivermos fé na palavra de Deus (“Assim diz o Senhor:”), podemos descansar, mesmo não entendendo o que Ele está dizendo ou fazendo.
                             A segunda solução divina que encontramos no v. 4 do capítulo 7, é avançar. Geralmente em tempo de batalha, em tempo de perdas, a primeira atitude que queremos tomar é recuar. Mas aprendemos com os leprosos que não há glória, não há saída, não há solução em recuar. Se tiver que morrer dentro, fora ou avançando, por que não morrer crendo? Se não podemos avançar guerreando, podemos fazê-lo crendo. Era tão somente esta atitude que Deus esperava dos samaritanos. Não disse a eles que deveriam pegar as armas e irem à luta porque a guerra era d’Ele. Sensíveis à palavra do Senhor, provavelmente tocados pelo Espírito Santo, os leprosos entenderam que, se a morte era sobre eles, melhor morrer como bravos, como heróis. O mundo caminha para o caos e o caminho é difícil, mas é um caminho de vitória! Está baseado na Palavra do Senhor e o Senhor não conhece derrota! Se nesta difícil travessia não podemos fazer outra coisa, cresçamos na fé, porque a fé não faz questão de entender o que Deus está fazendo – ela quer crer. Ela procura obedecer mesmo quando não consegue entender os desígnios divinos. Num dia aceitamos o chamado do Senhor e Ele não chama alguém para perdê-lo no meio da caminhada. Não cremos que Deus chama as pessoas, perdoa-lhes os pecados, escreve seu nome no Livro da Vida, resgata-lhes com o sangue de Jesus para depois abandoná-las no meio do caminho. Não encontramos nada disso na Palavra. Se desistirmos, esta decisão é puramente humana para “um tempo de choro”.
                             A terceira solução divina está no v. 6. O Senhor lutará com o inimigo. Ele usou a “Sua arma” contra os sírios (leia v 5-7). Os leprosos que haviam decidido irem até o acampamento dos arameus para se renderem, encontraram-no totalmente abandonado (leia v 8 e 9). Numa batalha que está intensa, temos que crer na Palavra do Senhor, manter o curso sem nos prender ao armamento e treinamento do inimigo e crer que o Senhor já fez o “seu barulho” no meio do arraial do inimigo. Pena que muitos desistem justamente quando o Senhor já está entrando com providência – é Deus agindo e o seu povo desistindo! É Deus operando e o seu povo “desmaiando” de terror, valorizando o inimigo e diminuindo o seu Deus (leia v 10-12).
                             Em Tiago 1:17 lemos: “Toda boa dádiva e todo dom perfeito vêm do alto, descendo do Pai das Luzes, que não muda como sombras inconstantes”. Tiago realça a constância de Deus e afirma que nosso Pai, perfeito em benevolência, rodeia o nosso caminho com dádivas. Quando o Senhor age decretando a vitória na vida do seu povo, ninguém pode mudar aquilo que Ele já fez. Aleluia! Quando Deus opera, existe um amanhã, ainda que o choro dure uma noite inteira, ainda que a batalha se estenda ou a luta se prolongue. Quantas vezes já não desistimos da batalha quando o Senhor não havia dada a luta por perdida e a benção já estava a caminho? (leia o v. 16). O fato ocorrido foi “conforme o Senhor havia dito” e não segundo o profeta Eliseu.
                            O mesmo Deus que outrora mandara o maná para seu povo no deserto, agora estava provendo, com abundância de alimento, as necessidades de seu povo afligido pelo inimigo, a um preço reduzido. (Leia os v 17 e 18). Este oficial era um dos favoritos particulares do rei, e foi colocado para supervisionar a venda de alimentos. A violência da fome do povo culminou com uma situação de desespero tão grande que a massa popular debandou, causando a morte do oficial e cumprindo assim a profecia de Eliseu, que era a palavra do Senhor. Esta palavra sempre se cumpre e se a bíblia diz que o choro pode durar uma noite, isto pode se cumprir em nossa vida. Mas há uma promessa: a alegria virá pela manhã! Aleluia! Enquanto o amanhã não chegar, não podemos desistir. Devemos crer, avançar e entender que o Senhor já entrou com providência, pois quando o Senhor fala e faz, ninguém mais pode falar e fazer porque Ele é o Senhor!

quarta-feira, 12 de novembro de 2014

Perseguição religiosa aproxima e reaviva cristãos em países hostis ao Evangelho, diz Missão Portas Abertas

Perseguição religiosa aproxima e reaviva cristãos em países hostis ao Evangelho, diz Missão Portas Abertas
                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                   Perseguição religiosa aproxima e reaviva cristãos em países hostis ao Evangelho, diz Missão Portas Abertas
A perseguição ao cristianismo em países do Oriente Médio está resultando num reavivamento entre os fiéis que vivem sob constante ameaça à vida por conta de sua crença no Cristo ressurreto. É o que diz um novo relatório da Missão Portas Abertas sobre a situação da Igreja Perseguida.

O relatório faz um comparativo com a situação atual dos cristãos que vivem atualmente no Irã, Egito e Palestina, e a história narrada pela Bíblia sobre o povo israelita, que foi cativo na Pérsia e Egito, além de ter sido submetido à ditadura do Império Romano nos tempos de Jesus.

No Egito, “a igreja cresce à medida que as ameaças se intensificam”, diz o documento da Portas Abertas. “Cristãos egípcios têm vivenciado crescente oposição e ameaça desde que a Primavera Árabe teve início. Para muitos deles, a incerteza política trouxe uma nova dependência de Deus – e as oportunidades para testemunhar de Cristo têm crescido apesar das dificuldades. De fato, nos últimos meses, houve múltiplos eventos de evangelização, com mais de 15 mil pessoas se comprometendo com Cristo!”, destaca o documento.

Já no Irã, os missionários destacam que “aqueles que se convertem ao cristianismo são considerados apóstatas, um crime que é punido com morte”, e acrescentam que “quase toda e qualquer atividade cristã é ilegal”. No entanto, isso não tem impedido que o Evangelho se espalhe: “Deus está trabalhando no Irã. Rafin e Nader, dois jovens cristãos convertidos do islamismo, são prova disso. E eles não estão sozinhos. ‘Muitos persas estão vindo para Cristo’, afirma Nader. ‘Muitos são jovens estudantes universitários e até mesmo alguns dos seus professores estão pedindo Bíblias!’”, relata a Missão Portas Abertas, reproduzindo depoimentos de jovens iranianos que se aproximaram o Evangelho.

Já em Israel, no território reclamado pelos palestinos, “muitos cristãos estão enfrentando perseguição por causa de sua fé”, porém, vivendo uma verdadeira revolução, os seguidores de Cristo têm protagonizado uma verdadeira revolução: “Apesar de tudo isso, a luz do evangelho está brilhando fortemente! Cristãos israelenses e palestinos têm encontrado a verdadeira união em Jesus”, informa o texto.

“Nos últimos meses, um grupo de adolescentes cristãos do Território Palestino e Israel têm feito exatamente isso, formando um grupo de dança para compartilhar o evangelho na região. ‘Sem Deus, nós não poderíamos fazer isso juntos’, explica o adolescente Achi-Noam, 16 anos, de Jerusalém. ‘Nós vamos contra a correnteza ao escolher não participar da disputa entre judeus e árabes’”, narra o relatório.


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“Juntamente com as dificuldades, vêm também as oportunidades de crescimento da igreja e de evangelização, expandido o Reino de Deus, onde a fé tem o mais alto preço. O apoio de parceiros engajados com a causa da Igreja Perseguida permite que a Portas Abertas envie colaboradores para continuar apoiando e fortalecendo a igreja. Suas orações e doações fazem a diferença. Obrigado por apoiar a Igreja a crescer nesses países!”, agradecem os missionários.

sexta-feira, 7 de novembro de 2014

SALMO 23

                                                                       
           

              O SENHOR é o meu pastor, nada me faltará.
              Deitar-me faz em verdes pastos, guia-me mansamente a águas tranquilas.
             Refrigera a minha alma; guia-me pelas veredas da justiça, por amor do seu nome.
Ainda que eu andasse pelo vale da sombra da morte, não temeria mal algum, porque tu estás comigo; a tua vara e o teu cajado me consolam.
Preparas uma mesa perante mim na presença dos meus inimigos, unges a minha cabeça com óleo, o meu cálice transborda.
Certamente que a bondade e a misericórdia me seguirão todos os dias da minha vida; e habitarei na casa do SENHOR por longos dias.

Introdução

À época de Jesus, os judeus liam diariamente as Escrituras porque entendiam que elas contêm vida eterna, porém, quando a vida eterna que estava junto ao Pai se manifestou, rejeitaram o Verbo da vida ( 1Jo 1:1 -2; Rm 2:20 ). É neste contexto que Jesus disse: "Examinais as Escrituras, porque vós cuidais ter nelas a vida eterna, e são elas que de mim testificam" ( Jo 5:39 ).

Para analisar o Salmo 23, seguiremos a orientação de Jesus: “São elas (as Escrituras) que de mim testificam”, ou seja, os salmos, os profetas e a lei apresentam o testemunho de Cristo “E disse-lhes: São estas as palavras que vos disse estando ainda convosco: Que convinha que se cumprisse tudo o que de mim estava escrito na lei de Moisés, e nos profetas e nos Salmos” ( Lc 24:44 ).

O salmista Davi era profeta e os seus cânticos são profecias acerca de Cristo em forma de poesia ( Mc 12:36 ; At 2:30 e 1Cr 25:1 ).

O Salmo 23 nos faz lembrar que todos os que creem em Cristo são ovelhas do Seu rebanho, porém, diferente do que muitos foram condicionados a pensar, o Salmo 23 não apresenta a expressão de um rebanho de ovelhas, antes é a expressão de confiança de uma ovelha específica: ‘O Senhor é o meu pastor...’, e não o Senhor é o ‘nosso’ pastor.

O segredo para interpretar as figuras e os enigmas do Salmo 23 está em descobrir quem é a pessoa que expressa tamanha confiança em Deus. Como o salmo 23 não foi composto da perspectiva de um rebanho, antes apresenta a perspectiva de uma única ovelha, devemos responder a pergunta feita pelo eunuco da rainha de Candace: "E, respondendo o eunuco a Filipe, disse: Rogo-te, de quem diz isto o profeta? De si mesmo, ou de algum outro?" ( At 8:34 ).

Através da exposição de Filipe fica claro que um profeta não profetiza acerca de si mesmo. Como profeta, Davi não foi diferente de Isaias, ambos profetizavam acerca do Messias. Para descobrir quem é a pessoa que assume a condição de ovelha confiante em Deus é essencial visualizar os salmos como profecias que apresentam aspectos da vida, morte e ressurreição de Cristo.

Há um aspecto essencialmente importante a se considerar antes de interpretar o Salmo 23: a vítima da festa. Para um cordeiro ser oferecido em holocausto, segundo a lei, devia ter um ano de idade e sem defeito algum, portanto, para a oferta ser agradável a Deus, o pastor devia dispensar um cuidado especial para com a vítima.

O cuidado do pastor era indispensável para que a ovelha chegasse à idade estabelecida sem qualquer defeito como cegueira, quebradura, aleijamento, verrugas, sarnas, impigens, etc. "O cordeiro, ou cabrito, será sem mácula, um macho de um ano, o qual tomareis das ovelhas ou das cabras" ( Êx 12:5 ).

Diante da necessidade e do volume de oferendas pela expiação, as ovelhas para o sacrifício tinham que receber cuidados especiais para não faltar vítimas de um ano e sem defeito. O cuidado do pastor era indispensável para que a ovelha estivesse à altura da sua missão: posta como vítima da festa para expiação ( Nm 6:14 ).

Deus escolheu Cristo como a vítima da festa a ser atada sobre o altar ( Sl 118:27 ), concomitantemente, o Cordeiro de Deus recebeu um cuidado específico e efetivo para cumprir a missão do Sumo Pastor, que colocou a alma de Cristo por expiação dos pecados da humanidade ( Is 53:10 ).

O Salmo 23 apresenta o Cordeiro de Deus sob cuidado do Sumo Pastor, pois Ele foi enviado como a vítima para o sacrifício perfeito ( Is 53:7 ). Muitos, equivocadamente, buscam e pedem a proteção exarada no Salmo 23, porém, não atinam que a proteção nele descrita tem em vista um cálice "Jesus, porém, respondendo, disse: Não sabeis o que pedis. Podeis vós beber o cálice que eu hei de beber, e ser batizados com o batismo com que eu sou batizado? Dizem-lhe eles: Podemos" ( Mt 20:22 ).

O salmo 23 é uma parábola, e como parábola contém várias figuras que compõe um enigma. Primeiro desvendaremos as figuras que compõe o enigma e, ao final da releitura do Salmo 23, apresentaremos o significado da parábola.



“O SENHOR é o meu pastor, nada me faltará” (v. 1)

Temos neste verso uma expressão de confiança: O Senhor é o meu pastor, e, em seguida, uma conclusão: nada me faltará. Como poesia, há nesta frase do Salmo um paralelismo sintético construtivo ou formal, em que a segunda parte da frase amplia ou acrescenta nova ideia a asserção anterior.

Vale destacar algumas nuances linguísticas pertinentes à segunda assertiva da frase ‘... nada me faltará’.  Segundo os linguistas que trabalham o hebraico, o verso 1 do Salmo 23 pode ser traduzido por: “O Senhor é pastagem”, isto porque o termo ‘pastagem’ no hebraico assemelha-se ao possessivo ‘meu pastor’ por possuírem radicais idênticos com sutil diferença quanto aos pequenos sufixos e pontuações.

Para uma interpretação segura, vale lançar mão de outro salmo. O Salmo 16, verso 2 e 5, assim reza: “A minha alma disse ao SENHOR: Tu és o meu Senhor. Não tenho outro bem além de ti (...) O SENHOR é a porção da minha herança e do meu cálice” ( Sl 16:2 e 5; Sl 142:5 ). A ênfase dos versos está em Deus, que é ‘bem’, ‘herança’ e ‘cálice’, figuras que não têm conotação de bens materiais.

Neste diapasão, concordo com alguns linguistas que entendem que o termo traduzido por ‘nada’ é uma adaptação linguística dos tradutores, e quando sugerem ser mais conveniente traduzir o verso por: “O Senhor é o meu pastor, não faltará a mim” (v. 1 ; Sl 23:4 ). Deste modo o verso enfatiza o cuidado perene de Deus, e não o patrocínio de bens materiais ou status deste mundo.

“Deitar-me faz em verdes pastos, guia-me mansamente a águas tranquilas” (v. 2)

Após declarar que o Senhor é pastor, o salmo 23 apresenta algumas figuras que representam o cuidado provedor de Deus para o homem que se posiciona confiante diante de Deus, como uma ovelha se sujeita ao cuidado de um pastor.

‘Pastos verdejantes’ e ‘águas tranquilas’ é tudo o que uma ovelha necessita, de modo que são figuras para retratar o cuidado de Deus.

A nação de Israel foi preparada para trazer o Cristo ao mundo, de modo que foi concedido a Israel a adoção de filhos, a glória, as alianças, a lei, o culto e as promessas ( Rm 9:4 ; Dt 4:8 ). Um retrato perfeito da missão dada a Israel vê-se na visão de João que consta no livro de Apocalipse, capítulo 12, onde é narrado através de um parábola o resumo da história do povo de Israel, demonstrando que uma mulher (Israel) prestes a dar a luz um varão que irá reger as nações com vara de ferro (o Filho do homem), é perseguida pelo dragão (Satanás) “E deu à luz um filho homem que há de reger todas as nações com vara de ferro; e o seu filho foi arrebatado para Deus e para o seu trono” ( Ap 12:1 -17 ).

Apesar da apostasia dos lideres e do povo de Israel, ao outorgar a lei e o testemunho dos profetas, Deus estabeleceu um pasto verdejante para o Cristo. A linhagem de Cristo recebeu proteção especial, sendo necessário a inclusão de duas mulheres gentílicas, Rute e Raabe, para que o Cristo viesse ao mundo. Por sua vez, a nação de Israel quase é exterminada, mas Deus a protegeu ( Et 3:13 ; Sl 22:9 -10).

O apóstolo Paulo ensinou que Deus não tem cuidado de bois, quando disse: "Porque na lei de Moisés está escrito: Não atarás a boca ao boi que trilha o grão. Porventura tem Deus cuidado dos bois?" ( 1Co 9:9 ), de modo que o Salmo 23 não faz referencia a animais de rebanho, como bois e ovelhas, antes diz de um homem que confia no cuidado que Deus dispensa a Ele.

A ênfase do Salmo 23 está no cuidado de Deus como Sumo Pastor, o homem que figura como ovelha é parte coadjuvante!

‘Pastos verdejantes’ e ‘águas tranquilas’ são figuras que rementem à vontade de Deus revelada na sua palavra, que é alimento, água e vida "E te humilhou, e te deixou ter fome, e te sustentou com o maná, que tu não conheceste, nem teus pais o conheceram; para te dar a entender que o homem não viverá só de pão, mas de tudo o que sai da boca do SENHOR viverá o homem" ( Dt 8:3 ).

Alimentar-se de maná (pão) não trouxe vida ao povo de Israel, antes é o comer da palavra de Deus que dá vida ao homem "Este é o pão que desceu do céu; não é o caso de vossos pais, que comeram o maná e morreram; quem comer este pão viverá para sempre" ( Jo 6:58 ).

Apesar de Israel abrigar a vinda do Messias ao mundo, estava como ovelha sem pastor, o que contrasta com a condição do homem do salmo 23, que tem Deus como pastor em função da sua total confiança na fidelidade de Deus.

O povo de Israel foi levado cativo por falta de entendimento, ou seja, não gozaram do cuidado de Deus, antes estavam famintos e sedentos. A falta de conhecimento de Deus resulta em sede e fome, o que demonstra que ter o Senhor como pastor é o mesmo que ser farto do conhecimento de Deus.

Estar em pastos verdejantes e com águas tranquilas é estar pleno de entendimento "Portanto o meu povo será levado cativo, por falta de entendimento; e os seus nobres terão fome, e a sua multidão se secará de sede" ( Is 5:13 ); "Eis que vêm dias, diz o Senhor DEUS, em que enviarei fome sobre a terra; não fome de pão, nem sede de água, mas de ouvir as palavras do SENHOR" ( Am 8:11 ; Ez 34:1 -15).

Enquanto era dito às ovelhas desgarradas que andavam sem pastor: "Assim diz o SENHOR: Ponde-vos nos caminhos, e vede, e perguntai pelas veredas antigas, qual é o bom caminho, e andai por ele; e achareis descanso para as vossas almas; mas eles dizem: Não andaremos nele" ( Jr 6:16 ), a ovelha sob cuidado do Senhor tinha a certeza de que a sua alma seria restaurada ( Sl 62:1 ).

A ovelha sob cuidado do Senhor de nada tem falta, pois se alimenta da palavra de Deus, o que contrasta com a condição dos filhos dos leões (lideres de Israel que devoravam o povo como se fosse pão) que necessitam e passam fome "A minha alma está entre leões, e eu estou entre aqueles que estão abrasados, filhos dos homens, cujos dentes são lanças e flechas, e a sua língua espada afiada" ( Sl 57:4 ;  Sl 34:10 ; Sl 53:4 ; Is 28:14 ).

Os lideres de Israel são nomeados ‘loucos’, ‘néscios’, ‘faltos de entendimento’ por rejeitarem a palavra de Deus, a comida que livra da destruição “Os loucos, por causa da sua transgressão, e por causa das suas iniquidades, são aflitos. A sua alma aborreceu toda a comida, e chegaram até às portas da morte. Então clamaram ao SENHOR na sua angústia, e ele os livrou das suas dificuldades. Enviou a sua palavra, e os sarou; e os livrou da sua destruição” ( Sl 107:17 -20).

O corpo depende de alimento cotidiano, e a alma da palavra de Deus, de sorte que quem ouve a palavra de Deus come o que é bom ( Is 55:2 ); “Pois fartou a alma sedenta, e encheu de bens a alma faminta” ( Sl 107:9 ).

No salmo 57 temos uma profecia acerca de Cristo quando abrigado sob a sombra das asas do Pai ( Sl 57:1 ; Sl 91:1 ). O salmo descreve que Deus envia a sua misericórdia e a sua verdade para livrar o Messias daqueles que procuravam matá-lo ( Sl 57:3 -4); "Ó Deus, quebra-lhes os dentes nas suas bocas; arranca, SENHOR, os queixais aos filhos dos leões" ( Sl 58:6 ; Sl 23:6 ).

Como Deus é apresentado como pastor, e a ovelha uma figura que representa um homem sob o cuidado de Deus, ‘pastagem’ e ‘águas tranquilas’ não diz de roupas, casas, carros, casamentos, alimento, antes diz da justiça de Deus proveniente da Sua palavra.

O pasto e as águas que Deus providencia tem por alvo os que têm sede e fome de justiça, ou seja, de ouvir a palavra de Deus "Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque eles serão fartos" ( Mt 5:6 ); "Eis que vêm dias, diz o Senhor DEUS, em que enviarei fome sobre a terra; não fome de pão, nem sede de água, mas de ouvir as palavras do SENHOR" ( Am 8:11 ); "Por que gastais o dinheiro naquilo que não é pão? E o produto do vosso trabalho naquilo que não pode satisfazer? Ouvi-me atentamente, e comei o que é bom, e a vossa alma se deleite com a gordura" ( Is 55:2 ).

O descanso e o refrigério só são possíveis quando se dá ouvido à palavra de Deus, que é doutrina e conhecimento “Ao qual disse: Este é o descanso, dai descanso ao cansado; e este é o refrigério; porém não quiseram ouvir” ( Is 28:12 ; Is 28:9 ).

Os mestres de Israel tropeçaram quando interpretavam os profetas e a lei considerando-se filhos de Abraão por serem descendentes da carne de Abraão. Não consideraram que só os crentes que detém a mesma fé que crente Abraão são filhos de Abraão, pois a Abraão foi anunciado o Cristo e ele creu. Quando Cristo veio esses mestres tropeçaram na pedra que Deus estabeleceu e a mesa (doutrina) deles se tornou em laço, de modo que perseguiram o aflito de Deus “Torne-se-lhes a sua mesa diante deles em laço, e a prosperidade em armadilha. Escureçam-se-lhes os seus olhos, para que não vejam, e faze com que os seus lombos tremam constantemente. Derrama sobre eles a tua indignação, e prenda-os o ardor da tua ira. Fique desolado o seu palácio; e não haja quem habite nas suas tendas. Pois perseguem àquele a quem feriste, e conversam sobre a dor daqueles a quem chagaste. Acrescenta iniquidade à iniquidade deles, e não entrem na tua justiça” ( Sl 69:22 -27 ; Is 28:8 ; Is 43:27 ).

É por isso que Jesus disse: "Adverti, e acautelai-vos do fermento dos fariseus e saduceus" ( Mt 16:6 ), pois a mesa deles era um laço: "Então compreenderam que não dissera que se guardassem do fermento do pão, mas da doutrina dos fariseus" ( Mt 16:12 ).

Israel não se alimentou do pasto e das águas tranquilas providenciadas por Deus, antes se assentavam em uma mesa plenas de vômitos e imundícias, uma mesa que não continha o conhecimento de Deus “Porque todas as suas mesas estão cheias de vômitos e imundícia, e não há lugar limpo” ( Is 28:8 ; Is 65:11 ).

Embora os filhos de Jacó fossem os guardiões da lei e do testemunho dos profetas, eles não davam ouvidos à palavra de Deus “Assim diz o SENHOR: Ponde-vos nos caminhos, e vede, e perguntai pelas veredas antigas, qual é o bom caminho, e andai por ele; e achareis descanso para as vossas almas; mas eles dizem: Não andaremos nele" ( Jr 6:16 ).



“Refrigera a minha alma; guia-me pelas veredas da justiça, por amor do seu nome” (v. 3)

O verso 3 complementa a ideia do verso 2:

“Deitar-me faz em verdes pastos, guia-me mansamente a águas tranquilas” (v. 2)

“Refrigera a minha alma; guia-me pelas veredas da justiça, por amor do seu nome” (v. 3)

O alimento providenciado por Deus proporciona descanso, refrigério e restaura a alma aflita, pois é Ele quem guia as águas tranquilas, ou seja, pelas veredas da justiça "A lei do SENHOR é perfeita, e refrigera a alma; o testemunho do SENHOR é fiel, e dá sabedoria aos símplices" ( Sl 19:7 ).

O cuidado do Senhor está atrelado ao zelo do Seu nome, pois Ele é fiel “Porque tu és a minha rocha e a minha fortaleza; assim, por amor do teu nome, guia-me e encaminha-me” ( Sl 31:3 ).

As vicissitudes do mundo fazem parte da existência do homem, quer seja salvo ou não ( Jo 16:33 ; Ec 7:14 ), pois foi Deus quem estabeleceu como consequência da ofensa de Adão que o homem se sustentaria (comerá) do suor do seu rosto até retornar ao pó ( Gn 3:19 ). É um erro pensar que os salmos possuem poderes místicos para livrar o homem dos problemas diários.



“Ainda que eu andasse pelo vale da sombra da morte, não temeria mal algum, porque tu estás comigo; a tua vara e o teu cajado me consolam” (v. 4)

A confiança da ‘ovelha’ no Sumo Pastor pode ser dimensionada através da circunstância que o cerca: “Ainda que eu andasse pelo vale da sombra da morte, não temeria mal algum...”. O motivo de tamanha confiança vem expresso no Salmo 138: “Andando eu no meio da angústia, tu me reviverás; estenderás a tua mão contra a ira dos meus inimigos, e a tua destra me salvará” ( Sl 138:7 ).

A penalidade decorrente da ofensa de Adão impôs medo a todos os homens, mas a ‘ovelha’ em comento não teme mal algum ao percorrer as ‘regiões da morte’, pela certeza de que Deus, como Pastor, jamais faltará (v. 1; Hb 2:15 ). Deus é o Pastor da ‘ovelha’ porque ela não pertence ao pecado como os demais homens.

A ‘sombra da morte’ é uma figura para fazer referencia ao mundo dos homens que jazem separados de Deus, ou seja, estão mortos, alienados de Deus “Alguns se assentam nas trevas e nas sombras da morte, presos de aflição e em ferro, por se haverem rebelado contra as palavras de Deus, e desprezado o conselho do Altíssimo (...) Tirou-os das trevas e das sombras da morte e quebrou as suas cadeias” ( Sl 107:10 -11 e 14; Is 9:2 ).

Esta mesma figura é utilizada pelo profeta Isaias quando faz referencia a Cristo como a luz dos povos “O povo que andava em trevas, viu uma grande luz, e sobre os que habitavam na região da sombra da morte resplandeceu a luz” ( Is 9:2 ).

A humanidade alienada de Deus habita na região da sombra da morte e estão presos por causa da lei que diz: ‘certamente morreras’ ( 1Co 15:56 ). Mas Cristo foi dado como luz dos que jazem em trevas, tirando-os da prisão "Para abrir os olhos dos cegos, para tirar da prisão os presos, e do cárcere os que jazem em trevas" ( Is 42:7 ); "Para dizeres aos presos: Saí; e aos que estão em trevas: Aparecei. Eles pastarão nos caminhos, e em todos os lugares altos haverá o seu pasto" ( Is 49:9 ); "Venha perante a tua face o gemido dos presos; segundo a grandeza do teu braço preserva aqueles que estão sentenciados à morte" ( Sl 79:11 ); "Para ouvir o gemido dos presos, para soltar os sentenciados à morte" ( Sl 102:20 ).

‘Sombra’ é uma figura que pode representar proteção, abrigo, ou o que é efêmero, passageiro, ou uma imagem desfocada ( Gn 19:8 : Jz 9:15 ; Sl 17:8 ; Jó 8:9 ; Jó 14:2 ; Sl 102:11 ; Hb 10:1 ). O versículo 4 do Salmo 23 faz referencia à condição do homem que está no mundo apenado com a morte em decorrência da ofensa de Adão.

Por causa da ofensa de Adão toda a humanidade passou à condição de mortos para Deus, a retribuição decorrente da ofensa ( Rm 5:15 ).

Deus é vida, e o homem alienado de Deus está morto. Deus é luz, e o homem separado de Deus é trevas. Como a humanidade está morta em delitos e pecados (jaz no maligno), todos os homens residem à sombra da morte, visto estarem alienados de Deus.

Para resgatar a humanidade que estava em trevas, Cristo foi introduzido no mundo, à sombra da morte, de modo que Ele é o Sol nascente das alturas que brilhou sobre a humanidade “E a luz resplandece nas trevas, e as trevas não a compreenderam” ( Jo 1:5 ) “Para iluminar aos que estão assentados em trevas e na sombra da morte; A fim de dirigir os nossos pés pelo caminho da paz” ( Lc 1:79 ).

Quando o homem crê em Cristo é arrancado do reino da morte e transportado para o reino do Filho do amor de Deus ( Cl 1:13 ); “Então clamaram ao SENHOR na sua angústia, e os livrou das suas dificuldades. Tirou-os das trevas e sombra da morte; e quebrou as suas prisões. Louvem ao SENHOR pela sua bondade, e pelas suas maravilhas para com os filhos dos homens. Pois quebrou as portas de bronze, e despedaçou os ferrolhos de ferro” ( Sl 107:13 -16).

Mas a profecia é mais especifica: “Ainda que eu andasse pelo vale da sombra da morte...” (v. 4). A sombra da morte refere-se à humanidade alienada de Deus, o vale refere-se aos filhos de Jacó que não se deixam alcançar pela luz.

O profeta Jeremias nomeia os filhos de Jacó como a ‘moradora do vale’, ‘pedra da campina’ “Eis que eu sou contra ti, ó moradora do vale, ó rocha da campina, diz o SENHOR; contra vós que dizeis: Quem descerá contra nós? Ou quem entrará nas nossas moradas?” ( Jr 21:13 ); "Por isso farei de Samaria um montão de pedras do campo, uma terra de plantar vinhas, e farei rolar as suas pedras no vale, e descobrirei os seus fundamentos" ( Mq 1:6 ).

Quando João Batista passou a clamar no deserto da Judéia dizendo: - “Arrependei-vos”, buscava cumprir a sua missão: aplainar o caminho do Senhor. Era imprescindível uma mudança de concepção acerca de como ser salvos, abandonando as veredas não aplainadas por Deus ( Is 40:2 -3 ; Is Lc 1:76) ; "Contudo o meu povo se tem esquecido de mim, queimando incenso à vaidade, que os fez tropeçar nos seus caminhos, e nas veredas antigas, para que andassem por veredas afastadas, não aplainadas" ( Jr 18:15 ).



O ‘vale’ diz dos filhos de Jacó que se opuseram a Cristo, conforme descrevem os Salmos 69, 22, 64, etc. Por que o Cordeiro de Deus não haveria de temer quando no vale entre os leões? "A minha alma está entre leões, e eu estou entre aqueles que estão abrasados, filhos dos homens, cujos dentes são lanças e flechas, e a sua língua espada afiada" ( Sl 57:4 ). Porque estaria abrigado à sombra das asas de Deus ( Sl 57:1 ; Sl 91:1 ).

Enquanto os que habitavam nas regiões da sombra da morte viram uma grande luz, os que estavam no vale da sombra da morte se opuseram à luz verdadeira, tornando-se opositores da luz "Ali estava a luz verdadeira, que ilumina a todo o homem que vem ao mundo" ( Jo 1:9 ; Jo 10:36 ).

Fazer a vontade de Deus é ser guiado em terra aplainada, o caminho preparado por Deus "Assim diz o SENHOR: Ponde-vos nos caminhos, e vede, e perguntai pelas veredas antigas, qual é o bom caminho, e andai por ele; e achareis descanso para as vossas almas; mas eles dizem: Não andaremos nele" ( Jr 6:16 ). Cristo foi guiado por terra plana “Ensina-me a fazer a tua vontade, pois és o meu Deus. O teu Espírito é bom; guie-me por terra plana” ( Sl 143:10 ).



“Preparas uma mesa perante mim na presença dos meus inimigos, unges a minha cabeça com óleo, o meu cálice transborda” (v. 5).

Do verso 4 para o verso 5 ocorre uma transição de cenário, onde havia pasto e águas, agora há uma mesa posta.

Enquanto os versos 1 a 4 enfatizam o cuidado do Senhor e a confiança do Servo, nos versos que se seguem, a ênfase está missão do Servo.

Os versos de 1 a 4 destacam que o Servo do Senhor estava sob o cuidado de Deus em virtude da missão que lhe foi confiada. Já os versos 5 a 6 destacam a finalidade do cuidado dispensado ao homem que se posiciona como ovelha.

O cenário do campo e das águas tranquilas é desfeito abruptamente e se volta para uma mesa posta em um ambiente de hostilidade. A parábola do Salmo 23 e as suas figuras ganham novo contorno: o cuidado de Deus tem em vista preservar a vítima da festa.

O quadro bucólico dos versos 1 a 4 (ovelha, campo, água) é substituído no verso 5 por uma ‘mesa preparada’ que representa tanto a vontade do Sumo Pastor quanto a satisfação do Servo eleito em realizar a vontade do seu Senhor. Através da mesa preparada demonstra-se o prazer do Servo do Senhor em atender a vontade de Deus.

O Servo do Senhor destaca que Deus (o Sumo Pastor) preparou uma mesa em uma ocasião nada favorável: na presença dos seus inimigos. Há uma mesa preparada, mas qual é o seu significado? “Preparas uma mesa perante mim na presença dos meus inimigos...” (v. 5).

A figura da ‘mesa preparada’ tem a conotação de proporcionar prazer a alguém. Como o prazer do Servo fiel é fazer a vontade de seu Senhor, a mesa preparada representa a vontade de Deus. A mesa posta na presença dos inimigos não guarda relação com o sustento cotidiano, antes reúne em uma mesma figura a vontade expressa de Deus e o prazer do seu Servo.

Quando lemos a declaração de Jesus, que diz: “... convinha que se cumprisse tudo o que de mim estava escrito na lei de Moisés, e nos profetas e nos Salmos” ( Lc 24:44 ), e que a ‘comida’ de Cristo era fazer a vontade de Deus Pai, é possível saber o que foi posto sobre a mesa “Jesus disse-lhes: A minha comida é fazer a vontade daquele que me enviou, e realizar a sua obra" ( Jo 4:34 ).

O testemunho do Salmo 23 não diz do salmista Davi, ou de qualquer outra pessoa. O Salmo 23 é um testemunho específico acerca do Cristo, que se apresentou para fazer a vontade de Deus “Então disse: Eis aqui venho; no rolo do livro de mim está escrito. Deleito-me em fazer a tua vontade, ó Deus meu; sim, a tua lei está dentro do meu coração” ( Sl 40:7 -8; Hb 10:9 ).

Tudo o que está escrito no rolo das Escrituras testificam de Cristo, pois Ele teve prazer em fazer a vontade de Deus. O deleite, o alimento de Cristo, era fazer o prescrito por Deus, pois a lei de Deus é refrigério "A lei do SENHOR é perfeita, e refrigera a alma" ( Sl 19:7 ; Sl 23:2 ).

Para identificarmos que tipo de alimento foi servido à mesa que o Senhor preparou para o Messias não podemos ter a mesma visão dos discípulos quando pediram ao Senhor Jesus que comesse: “E entretanto os seus discípulos lhe rogaram, dizendo: Rabi, come. Ele, porém, lhes disse: Uma comida tenho para comer, que vós não conheceis. Então os discípulos diziam uns aos outros: Trouxe-lhe, porventura, alguém algo de comer?” ( Jo 4:31 -33).

É necessário ver além! A comida de Cristo que os discípulos não conheciam refere-se a realizar a vontade de Deus. Quando lemos: "Eu não posso de mim mesmo fazer coisa alguma. Como ouço, assim julgo; e o meu juízo é justo, porque não busco a minha vontade, mas a vontade do Pai que me enviou" ( Jo 5:30 ); "Porque eu desci do céu, não para fazer a minha vontade, mas a vontade daquele que me enviou" ( Jo 6:38 ), percebe-se que a vida de Cristo era realizar a vontade Deus “Não cuideis que vim destruir a lei ou os profetas: não vim ab-rogar, mas cumprir” ( Mt 5:17 ), vemos que a vida do Messias foi alimentar-se à mesa de Deus.

Como Cristo veio ao mundo para cumprir a vontade do Pai, a lei, os salmos e os profetas era o alimento colocado à mesa. As escrituras é a mesa preparada que, para o Cristo teve peso de glória porque fez a vontade do Pai, enquanto para os filhos de Jacó a mesma mesa tornou-se ‘laço’ e ‘tropeço’ “Torne-se-lhes a sua mesa diante deles em laço, e a prosperidade em armadilha”( Sl 69:22 ). A mesa de Deus que estava diante dos filhos de Jacó diz da mesa mesa preparada perante o Cristo "Preparas uma mesa perante mim na presença dos meus inimigos..." ( Sl 23:5 ).

Enquanto a descrição da vida e ministério de Cristo nas Escrituras, ou o cumprimento das Escrituras na vida e no ministério de Cristo era a mesa preparada perante os opressores de Cristo, o cálice diz das agruras da cruz. Quando Jesus estava no Getsemani, começou a entristecer-se e a angustiar-se, foi quando Jesus por três vezes fez a seguinte oração ao Pai, dizendo: “E, indo segunda vez, orou, dizendo: Pai meu, se este cálice não pode passar de mim sem eu o beber, faça-se a tua vontade" ( Mt 26:42 ); “A minha alma está cheia de tristeza até a morte” ( Mt 26:38 ).

O Messias saiu do Getsemani resoluto e certo de uma coisa: “Dormi agora, e repousai; eis que é chegada a hora, e o Filho do homem será entregue nas mãos dos pecadores” ( Mt 26:45 ). Ele tinha plena certeza do que Deus havia reservado "Agora a minha alma está perturbada; e que direi eu? Pai, salva-me desta hora; mas para isto vim a esta hora" ( Jo 12:27 ).

Quando Cristo se entregou aos homens segundo a vontade do Pai, ali estava fazendo a vontade de Deus na presença dos seus inimigos. Enquanto os homens contemplavam o Cristo ser crucificado, na verdade, Cristo estava à mesa, realizando (comendo) a vontade do Pai. Além de fazer a vontade de Deus, ao final da ‘refeição’, Jesus bebeu o cálice que Deus lhe deu "Jesus disse-lhes: A minha comida é fazer a vontade daquele que me enviou, e realizar a sua obra" ( Jo 4:34 ).

Enquanto os inimigos injuriavam e se arremetiam contra o Ungido do Senhor, Cristo estava bebendo o cálice dado por Deus, pois era do agrado de Deus enfermá-Lo e moê-Lo "Mas Jesus disse a Pedro: Põe a tua espada na bainha; não beberei eu o cálice que o Pai me deu?" ( Jo 18:11 ); "Ninguém ma tira de mim, mas eu de mim mesmo a dou; tenho poder para a dar, e poder para tornar a tomá-la. Este mandamento recebi de meu Pai" ( Jo 10:18 ); "Todavia, ao SENHOR agradou moê-lo, fazendo-o enfermar; quando a sua alma se puser por expiação do pecado, verá a sua posteridade, prolongará os seus dias; e o bom prazer do SENHOR prosperará na sua mão" ( Is 53:10 ).

Cristo sabia que, após comer à mesa posta pelo Pai (fazendo a vontade de Deus), e, bebendo o cálice (sujeitando-se à ignomínia da cruz), receberia a recompensa "Olhando para Jesus, autor e consumador da fé, o qual, pelo gozo que lhe estava proposto, suportou a cruz, desprezando a afronta, e assentou-se à destra do trono de Deus" ( Hb 12:2 ).

Na cruz o Filho estava pagando o seu voto diante dos filhos do seu povo ( Sl 116:14 e 18). Dele estava escrito: “Eis aqui venho (...) Deleito-me em fazer a tua vontade, ó Deus meu” ( Sl 40:7 -8). É por isso que Jesus declarava abertamente: "Porque eu desci do céu, não para fazer a minha vontade, mas a vontade daquele que me enviou" ( Jo 6:38 ).



“Certamente que a bondade e a misericórdia me seguirão todos os dias da minha vida; e habitarei na casa do SENHOR por longos dias” (v. 6)

Apesar de saber que Deus haveria de lhe dar um cálice a beber, a confiança do Cristo em Deus é imutável, pois confessa: a bondade e a misericórdia certamente me seguirão, por fim, após ser participante da mesa e do cálice tinha plena confiança que habitará eternamente junto ao Pai.

A certeza de que a bondade e a misericórdia de Deus e abundancia de dias decorre da obediência de Cristo "E faço misericórdia a milhares dos que me amam e guardam os meus mandamentos" ( Dt 5:10 ). Deus havia estabelecido que teria misericórdia dos que O obedecem, e como a comida, o prazer de Cristo era executar a vontade de Deus, a bondade e a misericórdia de Deus era certa, de modo que Cristo foi ressuscitado dentre os mortos ( Sl 56:13 ; Is 53:12 ; Pv 14:32 ; Sl 30:3 ; Sl 49:15 ; Sl 88:3 ). 



O Servo do Senhor é cordeiro morto desde a fundação do mundo

Como homem, Jesus confiou inteiramente no Pai, de modo que nesta previsão escrita por Davi ( At 2:30 ; At 4:25 ), temos o Verbo encarnado expressando a sua confiança em Deus assim como uma ovelha entrega-se ao cuidado do Pastor.

O salmo apresenta uma figura própria ao servo do Senhor: o cordeiro de Deus "Ele foi oprimido e afligido, mas não abriu a sua boca; como um cordeiro foi levado ao matadouro, e como a ovelha muda perante os seus tosquiadores, assim ele não abriu a sua boca" ( Is 53:7 ). Neste salmo as figuras ‘servo’ e ‘cordeiro’ fundem-se "Quem é cego, senão o meu servo, ou surdo como o meu mensageiro, a quem envio? E quem é cego como o que é perfeito, e cego como o servo do SENHOR?" ( Is 42:19 ); “Mas eu, como surdo, não ouvia, e era como mudo, que não abre a boca. Assim eu sou como homem que não ouve, e em cuja boca não há reprovação” ( Sl 38:13 -14).

Na condição de ovelha o Cristo teve o Pai como pastor. O que isto significa? Que o descendente prometido a Davi assumiria a condição de servo ( Is 42:1 ; Is 49:5 ), e que os servos não fazem a sua própria vontade, antes esperam inteiramente em seu senhor "Assim como os olhos dos servos atentam para as mãos dos seus senhores, e os olhos da serva para as mãos de sua senhora, assim os nossos olhos atentam para o SENHOR nosso Deus, até que tenha piedade de nós" ( Sl 123:2 ).

No Salmo 23 a relação ‘Senhor’ e ‘servo’, ‘Pai’ e ‘Filho’ é apresentada através de uma nova figura: ‘pastor’ e ‘ovelha’. Lembremos que Deus veio em carne e habitou entre os homens "E o Verbo se fez carne, e habitou entre nós, e vimos a sua glória, como a glória do unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade" ( Jo 1:14 ). Ao assumir um corpo à semelhança da carne do pecado ( Rm 8:3 ; HB 10:5 ), Cristo se sujeitou às mesmas paixões que os homens ( Lc 22:28 ; Hb 4:15 ; Hb 2:17 ).

Para cumprir a missão dada pelo Pai, o Verbo que habitava o esconderijo do Altíssimo foi introduzido no mundo e, quando no mundo dos homens (região da sombra da morte) esteve abrigado sob as asas do Onipotente porque em tudo foi obediente “AQUELE que habita no esconderijo do Altíssimo, à sombra do Onipotente descansará” ( Sl 91:1 ; Is 9:2 ).

A promessa do Pai ao Filho enquanto na região da sombra da morte era de que o Cristo não seria deixado na morte e que nem um dos seus ossos seria quebrado ( Sl 16:10 ; Sl 49:9 ; Sl 34:20 ). As promessas de Deus são firmes, pois Ele zela do Seu nome ( Sl 138:2 ).

É em função do cordeiro que seria morto na plenitude dos tempos, mas que foi morto desde a fundação do mundo, que destacamos que o Salmo 23 não foi escrito na perspectiva de um rebanho de ovelhas, antes foi redigido na perspectiva de uma ovelha que necessitava de proteção para ser oferecida como vitima segundo a vontade de Deus.



Cristo – O Bom Pastor

O salmo 23 foi analisado na perspectiva da Ovelha escolhida por Deus para beber o cálice da ignomínia – Cristo - o Servo do Senhor ( Jo 8:15 ; Jo 12:47 ) “PORQUE brotará um rebento do tronco de Jessé, e das suas raízes um renovo frutificará. E repousará sobre ele o Espírito do SENHOR, o espírito de sabedoria e de entendimento, o espírito de conselho e de fortaleza, o espírito de conhecimento e de temor do SENHOR. E deleitar-se-á no temor do SENHOR; e não julgará segundo a vista dos seus olhos, nem repreenderá segundo o ouvir dos seus ouvidos. Mas julgará com justiça aos pobres, e repreenderá com equidade aos mansos da terra; e ferirá a terra com a vara de sua boca, e com o sopro dos seus lábios matará ao ímpio, E a justiça será o cinto dos seus lombos, e a fidelidade o cinto dos seus rins” ( Is 11:1 -5; Is 4:2 ).

Cristo, o rebento do tronco de Jessé prometido por Deus é fonte de água que jorra para a vida eterna ( Jo 4:14 ). Ele é o pão vivo que desceu dos céus ( Jo 6:51 ). Quem crê em Cristo, o Verbo que se fez carne, passa a viver especificamente da palavra que sai da boca de Deus ( Jo 6:58 ).

O tronco de Jessé é Deus feito homem habitando com os homens (Deus conosco), e neste quesito, Ele é o Bom Pastor que deu a sua vida pelas ovelhas ( Jo 10:11 e 14; Is 9:6 ). Para as ovelhas, os verdes pastos e a água perene são os ensinos de Cristo ( Ef 1:3 ; 1Co 1:5 ; 2Pe 1:3 ; Mt 28:20 ).

Jesus é o Bom Pastor e por isso disse aos seus discípulos: "NÃO se turbe o vosso coração; credes em Deus, crede também em mim" ( Jo 14:1 ); "Enquanto tendes luz, crede na luz, para que sejais filhos da luz. Estas coisas disse Jesus e, retirando-se, escondeu-se deles" ( Jo 12:36 ); "Para que todos honrem o Filho, como honram o Pai. Quem não honra o Filho, não honra o Pai que o enviou" ( Jo 5:23 ).

No Salmo 110, Davi ‘em espírito’ chamou o Filho de Deus de ‘meu Senhor’, já no Salmo 23, em espírito temos o Filho de Deus, na condição de Cordeiro escolhido, chamando o Pai de pastor.

“O SENHOR é o meu pastor, nada me faltará” ( Sl 23:1 );

“DISSE o SENHOR ao meu Senhor: Assenta-te à minha mão direita, até que ponha os teus inimigos por escabelo dos teus pés” ( Sl 110:1 ).

Mas, na plenitude dos tempos, o Senhor Jesus Cristo anunciou ser o Bom Pastor: "Eu sou o bom Pastor... " ( Jo 10:11 e Jo 10:14 ; Ef 1:10 ; Gl 4:4 ). Por quê? Porque o Jesus de Nazaré, que foi reputado por aflito de Deus, antes de ser introduzido no mundo, era o Verbo eterno que estava com Deus. Devemos enxergar o rebento de Jessé de dois modos: a) em ignomínia; b) glorioso.

Da mesma forma que os homens ficaram pasmos diante do Cristo crucificado, hão de ficar pasmos diante da sua glória ( Is 52:13 -15). Num primeiro momento o renovo justo não tinha parecer e nem formosura ( Is 53:2 ), em um tempo vindouro se apresentará cheio de beleza ( Is 4:2 ).

Por que Jesus utilizou o predicativo ‘bom’ ao identificar-se como Pastor? Porque Ele é o Verbo de Deus encarnado ( Jo 1:14 ), o Deus Altíssimo ( Is 57:15 ), o Senhor entronizado conforme prediz o Salmo 45: “O Teu trono, ó Deus, é eterno e perpétuo; o cetro do teu reino é um cetro de equidade. Tu amas a retidão e odeias a impiedade; portanto Deus, o teu Deus te ungiu com o óleo de alegria, mais do que a teus companheiros” ( Sl 45:6 -7).

Compare:

“DISSE o SENHOR ao meu Senhor: Assenta-te à minha mão direita, até que ponha os teus inimigos por escabelo dos teus pés” ( Sl 110:1 ).

“O Teu trono, ó Deus, é eterno e perpétuo (...); portanto Deus, o teu Deus te ungiu com o óleo de alegria, mais do que a teus companheiros” ( Sl 45:6 -7).

No salmo 45 Jesus é apresentado pelo salmista no reino da sua glória, o Senhor Deus que reina com justiça e equidade, do mesmo modo que foi apresentado no salmo 110 em igualdade com o Pai. O escritor aos Hebreus destaca este fato: “Mas, do Filho, diz: Ó Deus, o teu trono subsiste pelos séculos dos séculos; Cetro de equidade é o cetro do teu reino” ( Hb 1:8 ).

Sem sombras de dúvidas Jesus Cristo é o Bom Pastor, visto que, Ele e o Pai são um: "Eu e o Pai somos um" ( Jo 10:30 ).

A relação ‘Pai’ e ‘Filho’ não existia na eternidade, pois as pessoas da divindade na eternidade são co-iguais e co-eternas. Somente quando o Verbo foi introduzido no mundo, passou a ter eficácia o acordo estabelecido na eternidade, como se lê: "Porque, a qual dos anjos disse jamais: Tu és meu Filho, Hoje te gerei? E outra vez: Eu lhe serei por Pai, e ele me será por Filho?" ( Hb 1:5 ).

Na eternidade não havia a relação Pai e Filho, mas ao ser introduzido o Unigênito no mundo, ficou estabelecido: ‘Eu lhe serei por pai, e tu me será por Filho’. O termo ‘hoje’ utilizado em algumas profecias refere-se a eventos pertinentes ao mundo dos homens.

Os que recebem a Cristo estão sob a proteção do Bom Pastor, de modo que em tudo os que creem em Cristo têm toda suficiência, ou seja, de '... nada têm falta'! "Temei ao SENHOR, vós, os seus santos, pois nada falta aos que o temem" ( Sl 34:9 ; 2Co 9:8 ).

Há os que pensam que a promessa de que ‘nada faltará’ àqueles que têm a Cristo como Senhor lhes proporcionará farturas de bens materiais aqui neste mundo, porém, estão equivocados em suas mentes carnais. O apóstolo Paulo explica que Deus é poderoso para fazer abundar toda graça com o objetivo de que os cristãos tenham sempre, em tudo, toda suficiência.

Os cristãos terão fartura (abundeis) em toda boa obra, e não em riquezas materiais. Com relação aos bens materiais, será agraciado com suficiência em tudo. Mesmo no pouco, o cristão possui suficiência, contentamento ( 1Tm 6:6 ).

Aquele que tem Cristo como Pastor (meu), é ovelha do seu aprisco "As minhas ovelhas ouvem a minha voz, e eu conheço-as, e elas me seguem" ( Jo 10:27 ). Entram no aprisco do Senhor e encontraram paz e descanso para a suas almas ( Mt 11:29 ), porém, as aflições deste mundo persistem ( Jo 16:33 ).

Jesus anunciou ser:

A Porta – ‘Eu sou a porta’ ( Jo 10:9 ) – Ou seja, Cristo é a porta das ovelhas, pela qual os homens que ouvirem a sua voz necessitam entrar para serem salvos ( Mt 7:13 );
O Bom Pastor ( Sl 10:11 ) - ‘Eu sou o bom Pastor’ ( Jo 10:11 ) – Aquele que dá a sua vida em prol das ovelhas.
Aqueles que entram por Cristo, a porta estreita, são comparados a ovelhas, visto que o Pastor é quem guia pelas veredas eternas. Ora, qualquer que entra pela porta estreita que é Cristo, está num caminho estreito que o conduz a vida eterna “Mas estreita é a porta, e apertado o caminho que conduz para a vida...” ( Mt 7:14 ), e encontra descanso para a alma ( Mt 11:29 ; Sl 118:20 ).

A figura do ‘caminho apertado’ quanto a o ‘Bom Pastor’ é Cristo, visto que:

‘o caminho apertado’ conduz o homem a Vida, e;
O Bom Pastor conduz ‘as ovelhas’ as águas tranquilas.
Qualquer que crê em Cristo de nada tem falta e alcança o descanso prometido. Aquele que confia em Cristo encontra descanso, conforme o escritor aos Hebreus escreveu: “Ora, nós que temos crido, entramos no descanso...” ( Hb 4:3 ). Após crer no Bom Pastor, que é Cristo Jesus, as suas 'ovelhas' descansam, pois é Ele quem guia as 'ovelhas' em segurança à vida eterna "Tomai sobre vós o meu jugo, e aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração; e encontrareis descanso para as vossas almas" ( Mt 11:29 ).

A confiança em Cristo como pastor proporciona aos seus seguidores descanso, segurança e refrigério. Tal condição é descrita pelo apóstolo Paulo como ‘estar assentado’ em Cristo Jesus nas regiões celestiais ( Ef 1:3 ).

Jesus, o Bom Pastor, é o caminho de Justiça que conduz os homens a Deus "Disse-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai, senão por mim" ( Jo 14:6 ). Somente trilham o novo e vivo caminho aqueles que são nascidos da água (palavra) e do Espírito (Deus) ( Hb 10:20 ).

Todos quantos tem o Senhor Jesus como Pastor são crucificados, morrem e são sepultados com Cristo "Porque este Deus é o nosso Deus para sempre; ele será nosso guia até à morte" ( Sl 48:14 ; Rm 6:6 ), porém, ressurgem vitoriosos em Cristo, sendo criados de novo em verdadeira justiça e santidade ( Cl 3:1 ).

As palavras do Pastor, a verdade do evangelho, desempenham a função da vara e do cajado: guia, correção e consolo ( Jo:c. 10 v.4 ; Jo: c.5 v.24 ). É o Senhor quem peleja em favor daqueles que creem no bom Pastor ( Ex:c.14 v.14 ). Quantos inimigos o Senhor Jesus derrotou na sua morte? O mundo, a carne, o pecado, satanás e as potestades, de modo que, os seus seguidores são mais que vendedores!

Por desconhecer que os salmos são profecias em forma de cânticos e poesias, e que tais profecias têm por tema o Cristo e a sua obra, muitos buscam proteção nas promessas contidas nos salmos. Se as pessoas buscassem nos salmos o conhecimento do Santo, encontrariam proteção e descanso para a alma, pois encontrariam a salvação de Deus em Cristo “E DAVI, juntamente com os capitães do exército, separou para o ministério os filhos de Asafe, e de Hemã, e de Jedutum, para profetizarem com harpas, com címbalos, e com saltérios; e este foi o número dos homens aptos para a obra do seu ministério” ( 1Cr: c.25 v.1 ).

Se os leitores dos salmos compreenderem que as promessas dos salmos dizem do Messias, e que por Ele ser o ungido do Senhor, que Deus reservou para o Cristo um cálice a beber, não teriam uma visão superficial dos salmos.

Na sua maioria, os leitores dos salmos querem ‘se assentar à direita e a esquerda do Cristo em seu reino’, porém, desconhecem, como os filhos de Zebedeu, que o cálice que Cristo ia beber era derramar a sua alma na morte "Jesus, porém, respondendo, disse: Não sabeis o que pedis. Podeis vós beber o cálice que eu hei de beber, e ser batizados com o batismo com que eu sou batizado? Dizem-lhe eles: Podemos" ( Mt: c.20 v.22 ).

Para alcançar as promessas de Deus é essencial que o homem beba o cálice dado pelo Pai: crer em Cristo. Quando o homem crê em Cristo, significa que pegou a sua própria cruz e seguiu após Cristo até o calvário, foi morto, sepultado e ressurgiu segundo o poder de Deus. Aquele que crê que Cristo, o Jesus de Nazaré, é o Bom Pastor, bebeu o cálice de Cristo “E diz-lhes ele: Na verdade bebereis o meu cálice e sereis batizados com o batismo com que eu sou batizado, mas o assentar-se à minha direita ou à minha esquerda não me pertence dá-lo, mas é para aqueles para quem meu Pai o tem preparado” ( Mt: c 20 v.23 ).