sábado, 23 de setembro de 2017


Tema: Senhor, Capacita-nos a Amar o Próximo
Texto: Marcos 12. 30-31

INTRODUÇÃO

Conforme o texto que lemos, amar a Deus é o “primeiro e grande mandamento” e o segundo mandamento é “Amarás o teu próximo como a ti mesmo”. Toda a Lei de Deus e os profetas dependem desses dois mandamentos. Se examinarmos os “10 Mandamentos”, registrado em Ex 20.1-17, veremos que os cinco primeiros mandamentos se referem à Lei que precisamos cumprir para com Deus a Deus e os cinco mandamentos restantes se referem à Lei que devemos cumprir para com o nosso próximo. Essa é a vontade de Deus para as nossas vidas: que O amemos e, também ao nosso próximo. Na semana anterior, vimos sobre o amor a Deus e, agora, trataremos do nosso amor para com o próximo. Como amar ao próximo?

1. DEPENDEMOS DE DEUS PARA AMAR

Jesus nos declara na Sua Palavra: “… sem mim nada podeis fazer” (Jo 15.5c). Diante dessa verdade, entendemos que precisamos depender de Deus para todas as coisas na nossa vida. Assim como dependemos de Deus para amá-lO, também dependemos d?Ele para amar o nosso próximo. Precisamos que Ele nos capacite. Nós, por nós mesmos, não temos capacidade de amar a Deus nem a ninguém. Deus é Amor e o amor é de Deus (1 Jo 4.7-8) e, se Ele está em nosso coração, somos capazes de amar tanto a Ele como ao nosso próximo, como está escrito em 1 Jo 4. 12-13, “se nos amamos uns aos outros, Deus está em nós e é perfeito o seu amor”. A Bíblia diz que Deus nos amou primeiro (1 Jo 4.19) e o amor de Deus se manifestou para conosco através da entrega do Seu único Filho que Ele enviou “ao mundo para que por Ele vivamos”. Desta forma, “se Deus assim nos amou, também devemos amar uns aos outros” ( Jo 4.12).

2. COMO AMAR AO PRÓXIMO

Para amarmos ao nosso próximo, é necessário que primeiramente amemos a Deus. Vimos na semana anterior, que a pessoa que ama a Deus é a que guarda os seus mandamentos (Jo 14.21; Jo 5.2-3). Como está escrito em Marcos 12.30-31: “O primeiro de todos os mandamentos é: Ouve, Israel, o Senhor nosso Deus é o único Senhor. Amarás, pois, ao Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu entendimento, e de todas as tuas forças: este é o primeiro mandamento. E o segundo, semelhante a este é: amarás o teu próximo como a ti mesmo”.

* Para amarmos ao nosso próximo, precisamos amar primeiramente a Deus (1Jo 4.20-21) e, em seguida, a nós mesmos, pois quem não ama a Deus e a si mesmo não pode amar a seu irmão. Quem ama a si mesmo tem amor próprio, não deseja a própria destruição. Amar a si mesmo é conscientizar-se de que temos um espírito, uma alma e um corpo, os quais devemos apresentar a Jesus irrepreensíveis quando encontrarmos com Ele na sua vinda ( 1 Ts 5.23).

* Amar a si mesmo significa renunciar ao pecado ( prostituição, adultério, vícios, ao orgulho, à vaidade, à soberba, à rebeldia…), arrepender-se das más obras e entregar seu coração a Jesus para ter a vida eterna com Deus.. O “cumprimento da lei é o amor”, “quem ama aos outros cumpriu a lei ” e “tudo nesta palavra se resume: Amarás ao teu próximo como a ti mesmo”( Rm 13.8-9). Quem ama a seu irmão não faz a ele aquilo que não deseja que lhe seja feito, faz o bem a todos, serve-lhe sem querer nada em troca, ama também os que são seus inimigos, tem um coração perdoador (Cl 3.12-13; Mt 5.44-45)), pois tem a consciência de que fomos todos chamados para a paz de Deus em um corpo – a igreja- corpo de Cristo (Cl 3.15).

CONCLUSÃO

Dependemos de Deus para amar e como Deus é o nosso primeiro amor, devemos amá-lO acima de todos e de todas as coisas e Ele nos capacitará a amar ao nosso próximo. A condição para amarmos o próximo é estarmos em Deus e Deus estar em nós, (1Jo 4.13) uma vez que Ele é Amor, pois tudo vem d?Ele, por Ele e para Ele. Oremos ao Senhor que Ele nos capacite a amar ao nosso próximo. AMEM?
            As Obras da Carne ­ O Inimigo Interior
O tempo parece ser propício para o bom sentimento religioso.  Há um espírito de alegria, a mensagem é animadora.  E contra isso em si não temos queixa.  O evangelho é uma mensagem bem positiva.  É uma mensagem de salvação e de redenção ­ uma palavra de graça e de alegria.  Mas não é uma graça barata, nem uma alegria fácil.  E é exatamente aqui que me encontro ansioso com o espírito religioso de nossos dias ­ um espírito que embrulha e vende o "evangelho" como se faz com óleo de cobra, um remédio de charlatão de rápida ação, que cura tudo e nada exige.  Como certa vez observou C. S. Lewis, o evangelho no final das contas é bastante confortador, mas não se inicia assim.  A palavra de Cristo no começo nos desfaz em pedaços num desmascarar doloroso de nossos pecados (veja Romanos 13), depois com amor e cuidado nos torna inteiros de novo (Salmos 51:8).  O evangelho é livre, mas não é fácil.  Não há nascimento sem dores de parto, não há liberdade sem disciplina, não há vida sem morte, não há "sim" sem "não".  É nesse espírito que se escolheu o tema desta edição da revista.  Não para levantar um eterno "Não", mas para reconhecer que a vida em Cristo tem inimigos mortais que têm que ser resistidos sem compromisso.

O que Paulo quer dizer com a "carne"?  Será que os homens receberam duas naturezas na criação ­ uma má e outra boa?  Ou será que pelo pecado de Adão entrou no homem alguma perversidade profundamente arraigada?  A resposta a essas duas perguntas é um inequívoco "não".  Quando Deus criou o homem, este foi declarado completamente "bom" (Gênesis 1:31).  Todo homem que pecou desde Adão até os nossos dias não o fez por necessidade, mas por livre escolha.  Os homens pecam porque querem (Eclesiastes7:29).  Não somos espirituais nem carnais por natureza, mas somos capazes das duas coisas, e, como seres humanos, temos de escolher entre esses dois caminhos e nos responsabilizar por nossa escolha.

Embora Paulo às vezes use "carne" (sarx) em referência ao corpo físico (Romanos 2:28) ou ao aspecto humano (Romanos 3:20), a palavra significa muito mais do que isso em Gálatas 5:16-24.  O corpo pode tornar-se um instrumento da glória de Deus (Romanos 12:1; 1 Coríntios 6:20), mas a "carne" não (Romanos 8:5-8).  O corpo pode ser redimido e transformado (Romaos 8:23; Filipenses 3:21), mas a "carne" deve morrer (Gálatas 5:24).

A "carne" que milita contra o Espírito não é a mente ou o intelecto, pois a mente, como o corpo, pode ser transformada e renovada, treinada para servir aos propósitos divinos (Romanos 12:2).

Essa "carne" não é nem a mente nem o corpo em si mesmos, mas uma atitude pela qual o homem opta e que o põe contra Deus.  Na "mente carnal", a vontade do homem torna-se suprema.  Seus desejos têm que ser atendidos acima de todas as coisas.  Estes podem ser as concupiscências da carne ou os desejos da mente (Efésios 2:3), mas serão satisfeitos a qualquer custo.  É por isso que "as obras da carne", contra as quais Paulo adverte, abrangem mais que os apetites do corpo.  Na realidade, se possível, estes são as menores das enfermidades espirituais.  É na mente que escolhemos servir a nós mesmos.  É na mente que nos tornamos arrogantes e egoístas e tomamos decisões que desonram o corpo (Romanos 1:24) e escurecem o raciocínio (1:21).  Viver em toda obra da carne significa fazer o que eu quero ­ não simplesmente satisfazer os meus desejos carnais mais baixos, mas atender os desejos do meu ego.  O orgulho e a paixão vivem na "carne" em perfeita harmonia.

Precisamos conhecer os nossos inimigos.  Os artigos que se seguem nos ajudarão a identificá-los melhor.  Não são as pessoas, mas os desejos perversos que procuram roubar o nosso coração de Deus.  Existe uma forma racional de enfrentarmos esses adversários ­ crucificá-los impiedosamente e sem olhar para trás (Gálatas 5:24).  Será penoso (1 Pedro 4:1), mas não tanto quanto a perda da eternidade.